Quem ler apenas o título desta matéria vai exultar de alegria
pensando que o Brasil está enveredando pela trilha do desenvolvimento e se
transformando num país de primeiro mundo. Mas, não. A comparação se restringe
ao que de pior existe no país do Tio Sam: a violência. O que tem sido uma
praxe, algo banal, nos Estados Unidos da América, ou seja, os ataques violentos
em Escolas daquele civilizado país – que ceifam vidas -, vem se tornando uma
realidade também aqui no Brasil.
Em menos de 20 anos, ataques violentos perpetrados por
alunos, ex-alunos ou pessoas outras, às Escolas brasileiras, já somam 23. O
problema mais grave, é que esses ataques, que já culminaram com 29 mortes, 70%
deles ocorreram nos últimos quatro anos. Coincidentemente, depois da adoção da
política armamentista patrocinada pelo governo de Jair Bolsonaro, com o apoio
da chamada “bancada da bala” (bloco parlamentar formado por deputados que
defendem a disseminação de armas e munições no seio da população).
Se agrava, o problema, quando sabemos que, nesses novos
tempos de comunicação rápida, virtual, tudo se expande de forma quase
incontrolável. Somado a isso, temos uma juventude hedonista e sem formação
cultural alguma. Nossos jovens não lêem mais nem fazem uso do escutar (prestar
atenção), mas, somente do ouvir (sensorial). Estimulados pelo discurso do ódio,
proferido até por algumas autoridades, está-se tornando banal a louvação à
violência, o que tem como principal veículo, as redes sociais. Será que o
Brasil está virando um Estados Unidos?
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