Em Princesa, a política rola solta o ano todo. Aqui, quando termina uma eleição, imediatamente, começa a outra. Faltando mais de um ano para o início da campanha eleitoral para a eleição do próximo prefeito, as articulações já começaram; pelo menos na boca do povo. Em toda esquina da cidade se comenta sobre quem serão os candidatos que concorrerão, a prefeito e vice, nas eleições do próximo ano. Cada um dá sua opinião, cada um faz suas apostas.
Atendendo a esse orquestramento popular, a oposição já deu o pontapé inicial. Os grupos liderados pelo ex-prefeito doutor Sidney e pelo suplente de deputado estadual, Aledson Moura, já se reuniram e decidiram que, desta vez, partirão juntos e misturados, e que apresentarão um único candidato para concorrer contra o candidato apresentado pelo atual prefeito, Ricardo Pereira do Nascimento. Essa precoce decisão da oposição atende aos anseios da quase totalidade dos eleitores que não votam, jamais, no candidato de Nascimento.
Do lado da situação, são vários os que postulam a indicação do prefeito. Começando pelo atual vice-prefeito, José Casusa de Almeida que é, no dizer de alguns, o candidato natural; passando pelo queridíssimo de Nascimento, o secretário Fábio Braz, e pelo vereador Garrancho que, depois de alçado à presidência da Câmara Municipal, se acha também credenciado à concorrer ao cargo. Ali, o jogo está por demais enrolado. Por isso, e temeroso de que a briga seja deflagrada antes do tempo, Nascimento mandou a todos fecharem os bicos e aguardarem a hora certa.
O certo é que, nem o prefeito sabe ainda a quem indicar. Falam, a boca pequena, que Nascimento sonha em negociar a indicação com alguém que possa subsidiá-lo em seus muitos compromissos com os agiotas (falar nisso, os agiotas aceitam qualquer nome, menos o do vice, Zé Casusa). O problema é que, nesse caso, ele [Nascimento] ganha o protagonismo da indicação, mas, perde o da administração. Baseados nisso, os fofoqueiros de plantão, analisam, também aos cochichos, que, tanto Braz quanto Garrancho, são cartas fora do baralho, e que o nome, in pectoris, de Nascimento, se não for o do "negócio", será o da secretária de Educação.
Daqui para lá, muita água vai rolar por debaixo da ponte, talvez até uma enxurrada, que poderá levar de roldão muitos sonhos e muitas vaidades. Convém, portanto, esperar. Além dessas conjecturas no campo das especulações, vale realçar que, em política, boi voa. Some-se a isso, a necessidade de uma combinação com o povo. Por fim, não esqueçamos também de que, as pernas de Nascimento, não estão muito firmes depois do pulo que a PF deu no muro de sua casa; depois do bloqueio de suas contas bancárias e da apreensão de vários documentos que podem servir para tocar fogo nessa fogueira, e várias cozitas mais que podem prejudicar o percurso das coisas.
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