Educação de qualidade?

Ontem (5), surpreendi-me com um editorial veiculado pela rádio Princesa FM sobre a Educação do nosso município. Conforme o texto proferido pelo diretor daquela emissora – para os menos avisados – a Educação em Princesa é de primeiríssima qualidade. Segundo a fala do locutor, o ensino básico em nosso município, está em primeiro lugar no estado da Paraíba. São números que atestam essa esquisita condição, o que não retrata a realidade que se constata quando da abordagem, para aferição, sobre o conhecimento de alguns alunos dessa categoria educacional.

Há bem pouco tempo, divulguei neste Blog, uma matéria que denunciava que alguns alunos das 5ª e 6ª séries, da Escola Municipal “Carlos Alberto”, com idades entre 15 e 16 anos, não sabem ler nem escrever. Essa constatação – mesmo se constituindo uma realidade -, foi repudiada pela Secretaria Municipal de Educação. Números são números e, em Princesa, são inúmeros os números que divulgam realidades duvidosas, o que nos dá a impressão de que são informações maquiladas, ao bel prazer, apenas para fazerem parte de relatórios oficiais.

O que nos move a duvidar dessa “educação de qualidade” é a realidade que se apresenta aos nossos olhos quando, além do acima exposto, sabemos que, nas escolas municipais, a orientação é para que aluno algum seja reprovado (mesmo que não esteja apto a passar de ano); que a merenda não é de qualidade; que muitos alunos, filhos de professores, deixam de ser matriculados nas escolas da rede Municipal para estudarem nos povoados pernambucanos de Jericó e de Lagoa da Cruz. Diante disso, não contestamos os números, mas sim, a realidade.