Talvez animado pela vitória inusitada, quando saiu de 580
dias na prisão, enfrentou um candidato à reeleição e ganhou uma disputa
eleitoral considerada quase impossível, o presidente Luís Inácio Lula da Silva,
se sinta animado para dizer o que quiser, sem se preocupar com as injunções que
isso acarreta. Na verdade, Lula está perdendo oportunidades de ficar calado e
causando mal-estares diplomáticos sem a menor necessidade. Durante a viagem à
China e aos Emirados Árabes Unidos – acho que por conta do fuso horário -, o
nosso presidente conversou besteiras demais.
Primeiro, o presidente Lula, declarou que a economia mundial
pode girar sem precisar da moeda americana, o dólar. Depois – durante a viagem
à China -, afirmou que, a Ucrânia, tem culpa também por haver sido invadida
pela Rússia. Não bastasse isso, disse que, os EUA e a Europa, incentivam a
guerra em detrimento da paz. E, por fim, alinhado com países como: Nicarágua, Cuba
e Venezuela, recebeu o chanceler russo, Segey Lavrov, para confabular nesse
momento mais do que delicado.
Na verdade, Lula está caminhando na contramão da comunidade internacional
quando se alinha à Rússia de Vladimir Putin. A posição quanto à China, tem,
alguma justificativa quando aquele país, além de ser nosso principal parceiro
comercial, não invadiu país algum. Mas, a Rússia? Defender ditadura, nesse
momento, é contraproducente. É claro que o presidente pode falar o que pensa,
mas não é de bom alvitre alinhar-se contrário ao mundo civilizado e
democrático.
Para que isso? Essa posição não serve para nada. Como pode,
Lula, irritar os Estados Unidos da América, a nação que, em primeira hora,
reconheceu sua apertadíssima vitória sobre o golpista e antidemocrático Jair
Bolsonaro? China e Rússia silenciaram quando da tentativa de golpe de Estado em
8 de janeiro passado. Enquanto isso, os EUA foram os primeiros a repudiar a
tentativa de golpe e a dar apoio ao governo Lula. Quem conversa demais, dá bom
dia a cavalos.
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