Em Princesa, comentários nas esquinas dão conta de que algo
de ruim vem aperreando o juízo do nosso alcaide. Segunda-feira (17), eu andava pelas
ruas do centro da cidade. Quando passava por um ponto de mototaxistas, escutei
de um deles o seguinte comentário: “Dizem que ele deve mais de R$ 5 milhões!”
parei, me aproximei do cara e perguntei: “Ele quem?”. O mototaxista respondeu:
“O prefeito”. Aí eu disse-lhe na cara: “Mentira! Um homem temente a Deus, que
se diz honesto e respeitador das leis não pode se submeter à prática da
agiotagem. Agiotagem é crime!”. E segui o meu caminho.
A defesa que fiz, do nosso prefeito, é pertinente, pois, agiotagem
é crime e é pecado também. A Lei nº 1.521, em seu artigo 4º, diz: “Constitui
crime da mesma natureza a usura pecuniária ou real cobrar juros sobre dívidas
em dinheiro superiores à taxa permitida por lei”. É sabido por todos que
emprestar dinheiro é privativo das instituições de crédito (bancos) e, a taxa,
atualmente, é de no máximo 13,75% ao ano. Além disso, agiotagem é também um
grave pecado diante de Deus: “Se fizerdes empréstimo a alguém do meu povo, não
cobres juros dele, não emprestem visando o lucro” – Êxodo 22:25.
É triste constatar que a agiotagem é uma prática comum em
todas as cidades, em todos os segmentos da sociedade. A cobrança de juros
extorsivos e, às vezes, até o surrupiamento de bens móveis e imóveis, pelos
agiotas, quando o cliente não paga a dívida, é uma coisa corriqueira. E tudo
isso sob as barbas da Justiça, à revelia da lei. A agiotagem deixa a todos
vulneráveis, inclusive aqueles que fazem parte do topo da pirâmide social,
pois, agiota, não é amigo de ninguém. Enquanto estão auferindo lucros, a coisa
vai bem; quando degringola, o bicho pega. Não sei se os agiotas daqui vão para
o inferno. No entanto, se for verdade o que disse o mototaxista, os agiotas de
Princesa já estão vivendo um verdadeiro inferno.
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