A proposta dos feriados no calendário cívico é a de promover
comemorações que relembrem e expliquem as nossas datas históricas. Antigamente,
quando nós, sessentões, ainda estudávamos, a coisa era levada mais a sério. Naquele
tempo, comemorávamos o “Dia do Índio, o “Dia da Árvore”, o “Dia do Mestre” e
por ai vai... Sobre Tiradentes, sabíamos décor tudo sobre ele. Hoje, porém,
está tudo diferente. Perguntando a um dos meus netos sobre essa efeméride que
lhe proporcionou um feriado na Escola, ele me respondeu com uma pergunta: “Vô,
é o aniversário de Jesus?”
Baseado na figura do Mártir da Independência – que se
assemelha à de Jesus Cristo – o menino fez essa associação numa demonstração de
que não ensinam mais sobre os nossos vultos históricos ou, se o fazem, fazem de
forma muito rápida e sem muita explicação. Diante disso, fui explicar ao menino
que Tiradentes chamava-se Joaquim José da Silva Xavier e que foi condenado à
forca por haver conspirado contra a coroa portuguesa com o intuito de tornar o
Brasil independente do jugo português. Para completar, fiz com que lesse algo
sobre essa história.
De que adianta um feriado, se as crianças e os adolescentes
não sabem porque estão de folga das aulas? É necessário que, nesses dias
comemorativos, ao invés de ser feriado com o alunado em casa, as escolas
promovam comemorações para darem conhecimento do fato gerador desse feriado.
Gincanas, peças teatrais, palestras, tudo o que for possível para que conheçam
a história, valorizem os feitos dos vultos que construíram a nossa História.
Não sendo assim, muitos pensarão até que o 21 de abril é o dia do dentista.
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