"Diz-me com quem andas que dir-te-ei quem és". Esta frase, de autoria desconhecida, tem uma aplicação perfeita para a situação em que vive agora o nosso ex-presidente, Jair Messias Bolsonaro e torna-se emblemática mais ainda porque, as pessoas com quem convivemos dizem muito sobre nós. Desde que o "mito" deixou o poder, afloram contra ele várias situações envolvendo pessoas descredenciadas que o rodeiam e que só revelam situações que o incriminam mais ainda.
Não bastasse a busca e apreensão em sua casa, quando documentos e celulares foram apreendidos e já estão sob perícia da Polícia Federal, os nomes que surgem associados a isso são mais sujos do que pau de galinheiro: Ailton Barros, ex-major do Exército e amigo de Bolsonaro, afirmou que sabe quem mandou matar Marielle Franco; o tenente-coronel Mauro Cid foi pego com vários milhares de dólares - valor incompatível com seus rendimentos e sem explicação da origem -, o que está sendo investigado também pela PF.
Não é de hoje, a associação de Bolsonaro com pessoas de vida complicada. Mesmo antes de tomar posse, o ex-presidente se viu às voltas com as denúncias de "rachadinha" comandados pelo filho n° 01 em associação com Fabrício de Queiroz. Depois, o assassinato do miliciano Adriano Magalhães deixou no ar evidências nefastas pela amizade de seus filhos com o dito cujo. Sem falar na orientação filosófica do guru da família Bolsonaro, Olavo de Carvalho (que já se foi), com tendências claramente nazifascistas.
Em face de tudo isso, agora desnudo do poder, sem foro privilegiado e quase abandonado pelos que o chamavam de "mito", Bolsonaro arde nas chamas de seu inferno astral. Brigou com a grande mídia, fustigou o Poder Judiciário, adotou um comportamento negacionista quanto à vacina contra a covid-19 o que, para muitos, foi o responsável por várias mortes provocadas pelo terrível coronavirus. Enfim, cutucou o cão com vara curta e agora, com a vara mais curta ainda, não tem como se defender. Quem com muitas pedras mexe, um dia, uma lhes cai na cabeça.
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