quarta-feira, 14 de junho de 2023

OS DOIDOS DE PRINCESA II

Em face do sucesso que teve o artigo: “Os Doidos de Princesa I”, trazemos agora uma segunda leva dos malucos de Princesa. Desta feita com a colaboração de alguns princesenses, que nos rememoraram sobre alguns malucos que vagavam pelas ruas de Princesa e que, alguns morreram e, outros, muito misteriosamente, também desapareceram: Antônio Conrado, vulgo “Lagatão”, que se dizia milionário e fazia trincheiras na Rua Nova atirando em todo mundo com uma trave; “Dió”, que bebia cachaça, ficava nua e se dizia namorada de “Coquinho”; “Zé de Totô”, que morava perto do Cabaré e era o mensageiro das quengas; Mané Jacó ou “Xerém”, também chamado de “Doutor Severiano” pela indumentária usada e pela semelhança física com o médico mais antigo de Princesa, apaixonava-se pelas moças de bem de Princesa ; “Mané Ventania”, que mesmo doido, dizia a Terezinha Monteiro, quando esta levava sua comida na cadeia velha: “Não tenha medo de mim”; Expedito do Ó, chamado de “Tozinho”, professor e intelectual que, após torturado pela ditadura militar, enlouqueceu e vivia pelas ruas anotando tudo em pedacinhos de papel;  “Vigozinho”, que morava nas imediações do Ministério Público e chamava a promotora de rapariga; “Das Dores”, que era apaixonada por Zé Galego; “Fia Côca”, doida por “Luís”, fissurada em sexo; “Arlinda”, que dava adoidado e dizia que “tirava do prego” os rapazes de bem da cidade. Além desses, “Luís Borná”; “Pamonha”; “Ceição das Vacas”; “Rosa Muvara” “Zé Maceió”; “Santo Antônio”; “Manga Podre”... É verdade que muitos dos malucos aqui descritos, já morreram e, os demais, como disse, desapareceram sem deixar rastros. Este resgate não deixa de ser importante para o folclore, para cultura e também para a história de Princesa, uma vez fazer parte do dia-a-dia da nossa Princesa de antigamente. Muitos desses débeis mentais, as vezes demonstravam ter muito mais juízo do que aqueles que se dizem sadios e nada fazem pelo desenvolvimento da terra. Os doidos aqui descritos pelo menos nos divertiam com suas autenticidades. Já os malucos que não podemos registrar aqui vivem a tirar o juízo dos que se dizem sadios.



 

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