Em face do sucesso que teve o artigo: “Os Doidos de Princesa
I”, trazemos agora uma segunda leva dos malucos de Princesa. Desta feita com a
colaboração de alguns princesenses, que nos rememoraram sobre alguns malucos
que vagavam pelas ruas de Princesa e que, alguns morreram e, outros, muito
misteriosamente, também desapareceram: Antônio Conrado, vulgo “Lagatão”, que se
dizia milionário e fazia trincheiras na Rua Nova atirando em todo mundo com uma
trave; “Dió”, que bebia cachaça, ficava nua e se dizia namorada de “Coquinho”;
“Zé de Totô”, que morava perto do Cabaré e era o mensageiro das quengas; Mané
Jacó ou “Xerém”, também chamado de “Doutor Severiano” pela indumentária usada e
pela semelhança física com o médico mais antigo de Princesa, apaixonava-se
pelas moças de bem de Princesa ; “Mané Ventania”, que mesmo doido, dizia a
Terezinha Monteiro, quando esta levava sua comida na cadeia velha: “Não tenha
medo de mim”; Expedito do Ó, chamado de “Tozinho”, professor e intelectual que,
após torturado pela ditadura militar, enlouqueceu e vivia pelas ruas anotando
tudo em pedacinhos de papel;
“Vigozinho”, que morava nas imediações do Ministério Público e chamava a
promotora de rapariga; “Das Dores”, que era apaixonada por Zé Galego; “Fia Côca”,
doida por “Luís”, fissurada em sexo; “Arlinda”, que dava adoidado e dizia que
“tirava do prego” os rapazes de bem da cidade. Além desses, “Luís Borná”;
“Pamonha”; “Ceição das Vacas”; “Rosa Muvara” “Zé Maceió”; “Santo Antônio”;
“Manga Podre”... É verdade que muitos dos malucos aqui descritos, já morreram
e, os demais, como disse, desapareceram sem deixar rastros. Este resgate não
deixa de ser importante para o folclore, para cultura e também para a história
de Princesa, uma vez fazer parte do dia-a-dia da nossa Princesa de antigamente.
Muitos desses débeis mentais, as vezes demonstravam ter muito mais juízo do que
aqueles que se dizem sadios e nada fazem pelo desenvolvimento da terra. Os
doidos aqui descritos pelo menos nos divertiam com suas autenticidades. Já os
malucos que não podemos registrar aqui vivem a tirar o juízo dos que se dizem
sadios.
▼
Nenhum comentário:
Postar um comentário