quarta-feira, 26 de julho de 2023

Agora, mais do que nunca, Marielle Franco está presente

Desde a última segunda-feira (24) algumas barbas ilustres estão de molho. A delação premiada do ex-policial, Élcio Queiroz, tomada pela Polícia Federal, deu outro rumo às investigações sobre o duplo assassinato que vitimou a vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018. Barbas de molho porque as evidências indicam que o (s) mandante (s) dessa execução pode ser alguém do alto escalão da política nacional ou ligado aos operadores da indústria do crime no Rio de Janeiro. Pelo que se comenta, já existem provas robustas que apontam para um desenlace definitivo desse misterioso caso.

Durante cinco anos as investigações ficaram paradas ou prejudicadas em seu curso. Bastaram sete meses de governo democrático para que a coisa andasse e chegasse ao que vemos agora. Nas palavras do ministro da Justiça, Flávio Dino: “Existem avenidas que conduzem a provas que farão chegar aos mandantes do crime”. Segundo o ministro, são indicações que estão sendo trabalhadas tecnicamente e com prioridade, pela PF, sem interferência política, para que em breve seja elucidado esse hediondo crime. As enigmáticas palavras de Dino levam a crer que haverá respingos dessa lama toda em figurões da República.

Mesmo em face da divulgação dessas novidades sobre as investigações, há trechos da delação premiada de Élcio Queiroz que estão ainda sob sigilo e, quando emergidos, esses fatos novos, poderão trazer dores de cabeça para cabeças coroadas. Desmascarado pelo parceiro e com seu álibi desmentido pela esposa, Ronnie Lessa (o acusado pelos disparos que vitimou a vereadora e seu motorista) tem agora, pela Polícia Federal, a proposta de fazer também uma delação premiada que, sendo aceita, promete desbaratar não somente esses crimes, mas também puxar o fio da meada da indústria do crime no Rio de Janeiro, o que poderá envolver milícias e outras coisas mais. 



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