Ontem (27) logo cedo recebi a visita de um cidadão, morador
do Conjunto Habitacional “Aloysio Pereira Lima”. Aflito, esse homem (que não
devo divulgar seu nome aqui para preservá-lo de perseguições), que sofre de
várias doenças crônicas, entre elas diabetes, hipertensão arterial, além de
esquizofrenia paranoica, veio socorrer-se de mim com um apelo dramático em prol
de sua saúde. A reclamação principal desse paciente foi sobre o precário
atendimento a que é submetido no Posto de Saúde do seu Bairro.
O relato consiste em que, no Bairro onde mora, o Posto de
Saúde da Família só atende 10 fichas priorizando a ordem de chegada e que, a
maioria dos usuários daquele serviço, chega ali ainda pela madrugada e que ele
[o reclamante], precisando de uma receita para adquirir os remédios
psicotrópicos de que necessita, não tem conseguido e que tem escapado
adquirindo o remédio para dormir de forma alternativa.
Nas bastasse isso, o homem relatou também que quando consegue
uma consulta é bem atendido pela médica que ali trabalha, o que não acontece
com o atendimentos prestado pelos profissionais da enfermagem que não acolhem
os pacientes com presteza, sem falar na ausência das necessárias visitas
domiciliares dos Agentes Comunitários de Saúde. Somado a tudo isso, o paciente
lamenta que há 4 anos tenta fazer um exame de vistas e não consegue porque não
tem um encaminhamento avalizado por um vereador da base do prefeito.
O que é mais grave é que, o cidadão em tela, fez todos os
exames laboratoriais solicitados pelo médico na última consulta conseguida a
duras penas e, até agora – dois meses depois -, não conseguiu uma consulta para
que o médico analise os exames. Semana passada, a situação se agravou quando
esse senhor, com pressão nas alturas, procurou o Hospital Regional e lá
informaram que deveria procurar seu PSF. Sabendo que não conseguiria ser
atendido, acorreu à UPA e lá chegando foi atendido quando constataram estar o
mesmo com a pressão arterial alteradíssima, sua glicemia em 480 mg/dL e muita
dor de cabeça.
Em face dessa grave situação, o paciente procurou o
Ministério Público para denunciar esse descaso que poderia ter-lhe custado a
vida, e já tem agendada uma audiência na Promotoria para o próximo dia 8 de
agosto. Por fim, resolveu me procurar com o pretexto de que, quando este Blog
denuncia, as coisas se consertam. Moral da história: Enquanto o prefeito
comemora vitórias judiciais sobre irregularidades denunciadas, o povo sofre com
derrotas em busca pela saúde. Mesmo assim, há quem diga ainda que a Saúde de
Princesa está em pleno funcionamento.
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