sábado, 8 de julho de 2023

HISTÓRIAS E ESTÓRIAS ENGRAÇADAS DE PRINCESA

Contava Manito – advogado e neto do líder político de Princesa, Nominando Muniz Diniz, mais conhecido por “seu” Mano - que logo após a realização das eleições de 1976, em que foram eleitos Batinho prefeito e Gominho vice-prefeito, firmou-se um acordo entre os dois com o intuito de promover a divisão do mandato. Esse compromisso foi assumido por Batinho com o intuito de obter o apoio de Gominho quando do processo de escolha dos candidatos.

Naquela época (1976), o mandato de prefeito tinha a duração de seis anos e, segundo o neto de “seu” Mano, ficou acordado que cada um dos dois postulantes da chapa majoritária da ARENA, exerceria três anos de efetivo mandato. Desconfiado, Gominho exigiu que esse acordo fosse posto no papel. Assim fez Batinho que, auxiliado por Manito - redator do texto -, assinou o termo de compromisso que ficaria guardado nas mãos do vice-prefeito. Certa manhã, Manito, na casa de Maria Aurora – a mando de Batinho -, perguntou a Gominho onde estava o tal papel, ao que o vice-prefeito respondeu de pronto:

- Está aqui comigo, sempre trago ele guardado no meu bolso.

Manito pediu para rever o “documento” e tomando café à mesa da “Casa Grande” que era comandada por Maria Aurora, “desastradamente” entornou uma xícara contida de café com leite sobre o papel que, já amarrotado pelo tempo e desgastado pela manipulação na constante troca de bolsos pelo vice-prefeito, não resistiu e dissolveu-se completamente. Gominho, desesperado, disse:

                               - Veja o que você fez Manito! Desmanchou o meu mandato!

                               Manito, fingindo-se também preocupado devolveu a Gominho:

                                    - Se preocupa não, Mané Gomi, o que vale é a palavra do homi”.

                              Batinho tirou o mandato todinho e Gominho, sem o “papé” (como dizia Manito), ficou a ver navios.


 


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