terça-feira, 24 de outubro de 2023

Terror no Rio de Janeiro

Em face dos fatos ocorridos ontem (23), no Rio de Janeiro, quando 35 ônibus e uma composição de trem foram incendiados por milicianos nos Bairros da Zona Oeste daquela importante cidade, cabem as perguntas: Para que serve o Governo? Onde está o Estado? No Rio, nas constantes contendas protagonizadas por milicianos e traficantes, em brigas entre si ou contra a Polícia Militar, perecem mais vidas do que em muitas das guerras que acontecem mundo afora. Ali, existe o poder oficial, eleito pelo povo, e o verdadeiro poder, exercido pelas milícias e traficantes.

Malgrado vivermos em período de “paz”, o terror instalou-se na antiga capital da República onde 25% de seus Bairros são controlados por milicianos e traficantes de toda ordem. A tragédia de ontem, patrocinada por milícias em vingança pela morte de um dos seus chefes, expõe um retrato do descaso e abandono em que vive aquela cidade onde aulas foram suspensas, pessoas não puderam retornar para casa depois de um dia de trabalho, além da extrema falta de segurança.

Há poucos dias, três médicos paulistas que participavam de um Congresso na chamada “Cidade Maravilhosa” foram violentamente assassinados, em plena rua, por haverem sido confundidos com um filho de miliciano. Voltando à pergunta feita no início deste artigo: Onde está o Estado protetor? Por que o poder público não patrocina ações definitivas para extirpar esse “câncer” da sociedade carioca? Onde estão os Serviços de Inteligência que poderiam acompanhar os passos desses meliantes selvagens e prever as ações do crime organizado?

Definitivamente, a cidade e o estado do Rio de Janeiro estão falidos em sua condição de segurança. Depois de um episódio estarrecedor como o de ontem, o governador convocou uma entrevista coletiva, disse que estão tomando as providências devidas e pronto; nada mais acontece, a não ser a reedição desse terror que atormenta a toda a população. O que se vê, na verdade, é a clara conivência de alguns políticos que, financiados pelo crime se elegem e se reelegem num tácito compromisso de mudança para que tudo continue como está. E o povo que se lasque!



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