Expressão consagrada ao longo da História: Pão e Circo, é
como se referem, os historiadores, para uma explicação sobre a forma como os
romanos administravam manipulando seu povo, dando-lhes comida e festas, com o
intuito de mantê-los quietos e disciplinados diante das desigualdades
gritantes. Como era uma regra pré-estabelecida, lá tinha o circo, mas tinha o
pão também. Os imperadores primavam pelo cumprimento dessa regra que era
essencial para permitir-lhes governar com mão de ferro.
Muitos governantes, mundo afora - inclusive nos tempos de
hoje - no afã de agradar ao povo carente de ações mais efetivas, adotam essa
regra. O problema é que, os critérios, nem sempre se justificam. Aqui em
Princesa, por exemplo, mesmo sem dar o pão, o nosso alcaide providencia o
circo, e um circo quase milionário com o fito de alavancar suas pretensões
políticas. A festa do aniversário da cidade, que terá o cantor Daniel como
atração principal, custará aos cofres públicos mais de meio milhão de reais.
O prefeito anunciou – diante dos vereadores de sua base
política, todos, visivelmente constrangidos porque não concordam com isso – a
contratação milionária e, em face disso, vários servidores nos encaminharam
mensagens revoltados com os salários atrasados e com a desfaçatez do alcaide em
comemorar uma festa com essa gastança enquanto muitos estão sem ter o que comer
em casa.
O pior, é que ninguém tem o poder de frear os caprichos de
Nascimento. Os vereadores, convocados para participarem do vídeo que comunicou
esse absurdo, já se dirigiam à prefeitura dizendo que não concordariam com
isso. Lá chegando, o prefeito deu-lhes uns gritos e, todos, se perfilaram em
sua retaguarda e o aplaudiram efusivamente mesmo que a alegria se traduzisse
somente nas pontas dos dedos. Na verdade, não se sabe se isso atende somente à
vaidade de Nascimento ou se, no meio disso, há interesses outros.
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