• "Baile da Ilha Fiscal", também conhecido como "O Último Baile do Império", aconteceu no dia 9 de novembro de 1889, portanto, seis dias antes da Proclamação da República, evento que teve como consequência a queda do Império Brasileiro e o degredo da Familia Real para a Europa. Essa, que foi a última festa promovida pelo imperador Dom Pedro II, em homenagem aos oficiais do navio chileno "Almirante Cochrane" , foi realizada na Ilha Fisca no centro histórico do Rio de Janeiro, então capital do Império.
Parecidissima com o último baile da Monarquia Brasileira, foi a festa que o prefeito de Princesa, Ricardo Pereira do Nascimento, promoveu no último domingo (19). O evento - animado pelo vetusto cantor Daniel - que seria, nas palavras do alcaide: "A maior festa da história republicana de Princesa", foi um verdadeiro fracasso de público e de animação. O fiasco se acentuou quando até os comerciantes, que investiram muito para vender seus produtos, voltaram para casa com quase tudo o que sobrou.
A mentira de Nascimento começou quando, ao longo da semana, ele anunciou que as reservas dos hotéis estavam todas esgotadas e que, a economia do município seria fortemente fomentada, graças a esse evento. Tirante da ridicularia do prefeito no palco quando, ao anunciar o cantor, mais parecia um palhaço - o que serviu de chacota para os presentes e também para as poucas pessoas que vieram de fora e que, por isso, levaram uma péssima impressão da autoridade máxima da cidade - o resto, foi tudo um verdadeiro vexame.
Os comerciantes, além de pagarem R$ 600 por barraca, não venderam nada porque não tinha gente para comprar, e ficaram todos de braços cruzados a ouvirem Daniel dizer que estava apaixonado e, o prefeito, descontrolado, a falar com sua nova voz, esquecido de ouvir a voz rouca das ruas que o reprovam no seu novo modal de palhaço. Ilhado quando vem se valendo de suas peripécias ridículas nas redes sociais, Nascimento ainda disse que, o fim dos que o criticam, pode ser o suicídio. O baile pode não ter ocorrido na Ilha Fiscal, mas, certamente, numa ilha eleitoral.
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