Em áudio divulgado pelas redes sociais, o prefeito Ricardo
Pereira do Nascimento, admitiu que está com três meses de atrasos em salários
de servidores e também, com atrasos nos pagamentos de veículos locados. Em sua
fala, o prefeito acrescentou mais: “Está atrasado, e sou eu que estou dizendo”,
e que: “O atraso nos pagamentos dos carros é problema deles [dos donos dos
veículos]”. E, como que transferindo responsabilidades, reclamou também porque
o suplente de vereador, Márcio Caboclo, não denuncia os atrasos de outros
municípios.
No bojo dos vários áudios veiculados, Nascimento aproveitou
para desmerecer o suplente, chamando-o de: “caldo de bila”, “babaca”,
“pichilinga”, “patetão”, “bandido”, “otário”, “mundiça”, dentre outros
adjetivos chulos de sua cartilha. Isso demonstra o desequilíbrio emocional em
que se encontra o nosso alcaide. Numa bancarrota administrativa, em que tudo o
que é sujo ele empurra para debaixo do tapete e só realça o que pode maquilar
com suas mentiras, o prefeito se irrita quando a verdade supera a mentira.
Nascimento fala dos atrasos nos pagamentos como se isso fora
algo normal, e não se envergonha de, ao mesmo tempo em que admite esse grave
problema, anunciar a contratação de um cantor por meio milhão de reais para se
apresentar no próximo dia 19, enquanto vários servidores contratados e
terceirizados estão sem ter como fazer suas feiras nem como pagar suas contas.
Nesses áudios enviados a Márcio Caboclo, como num espelho, o prefeito se auto
reflete em sua imagem de arrogante irresponsável.
E tem mais! Investido de dono da verdade, mas, ao mesmo tempo
nu de veracidade, Nascimento esquece de falar sobre os bujões de gás que
prometeu aos pobres e não entregou; não fala das “feirinhas” que comprou por um
preço e distribuiu por outro preço bem menor; não se refere à falta de
medicamentos de programas nos Postos de Saúde, o que penaliza grandemente às
pessoas mais pobres. Com a mesma boca que insulta e mente, o alcaide chama a
todos de bandidos como se estivera se referindo a si próprio.
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