Irritado com os constantes ataques do chanceler israelense, o presidente Luís Inácio Lula da Silva radicaliza também. Desistiu de retratar-se e envereda, agora, pelo caminho da defesa do povo palestino, quando exige um cessar fogo imediato e a libertação incondicional dos reféns do dia 7 de outubro passado. Mesmo reafirmando ser contrário ao ataque terrorista do Hamas, Lula não abre mão das críticas contra o massacre de que civis palestinos estão sendo vítimas no sul da Faixa de Gaza, situação em que já morreram quase 30 mil civis, em sua maioria, crianças, mulheres e idosos.
Ontem (26) o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Sílvio de Almeida, cobrou o cumprimento da convenção da ONU "contra o genocídio pelo uso desproporcional da força" e repudiou a punição coletiva. Tudo isso em resposta ao descompromisso do chanceler Israel Katz com a diplomacia quando, sob as ordens do premiê Benjamin Netanyahu, usa, de forma equivocada, a situação, para capitalizar prestígio numa comunidade internacional cada vez mais contrária à manutenção do conflito.
O primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu que foi incapaz de evitar os ataques terroristas do Hamas contra seu povo, agora, impopular e sendo cobrado por uma solução quanto à libertação dos reféns e, sustentado pela guerra, administra uma crise gravíssima quando promove o destroço da Faixa de Gaza, mandando bombardear até hospitais e criando uma crise humanitária sem precedentes. Além disso, aproveita-se das declarações de Lula para mudar o foco, o que não vem surtindo efeito.
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