Ninguém está entendendo nada. Todo dia sai notícia na
televisão dando conta da anulação de processos, tanto de políticos quanto de
empresas, que foram condenados após investigações da Operação Lava Jato.
Começou com Lula, que foi investigado, condenado e preso em tempo recorde e,
logo que passou o perigo, foi solto. Agora, são os acordos de leniência,
celebrados com as empresas tidas como corruptas, que estão sendo anulados pelo
mesmo Supremo Tribunal Federal – STF que as condenou.
Desses casos todos, somente o que envolveu Luís Inácio Lula
da Silva, ficou claro qual o objetivo do processo: impedir que ele fosse
candidato a presidente da República em 2018, porque, se concorresse, ganharia a
eleição. É tanto que, logo após o pleito, o mesmo STF que corroborou a sentença
exarada pelo celerado Sergio Moro, anulou todo o processo e, submetido às urnas
em 2022, Lula foi eleito presidente.
É certo que nem tudo estava errado. É certo também, que havia
corrupção, tanto no comportamento de alguns políticos ali denunciados, quanto
nas empresas que executavam obras com recursos federais. O problema é que, o
objetivo não era mesmo o de moralizar a coisa pública, mas sim de condenar Lula
e promover o Moro na política nacional. Como as coisas, nem sempre, acontecem
como planejamos, no fim, deu tudo certo para Lula e errado para o Moro.
O juiz Sergio Moro, junto com o procurador Deltan Dallagnol –
também de Curitiba –, mancomunados, deitaram e rolaram em prol de seus
interesses eleitorais. Inicialmente, lograram êxito quando o primeiro foi
eleito senador e, o segundo, deputado federal. Este último já teve seu mandato
cassado e, o outro, será julgado no próximo dia 1º de abril. Moro foi Ministro
da Justiça em barganha com Bolsonaro, mas rompeu com o então presidente.
Depois, voltou às boas com o mesmo e, eleito senador, está em via de ser
defenestrado do poder que conseguiu por vias tortas. O tempo é mesmo o senhor
da razão.
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