quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Sob pressão dos servidores, vereadores de Princesa adiam votação de PL que reduz valores da insalubridade

Semana passada foi o aumento dos salários do prefeito, dos vereadores e dos secretários municipais. Ontem (31), a Câmara Municipal de Princesa se reuniu de novo para legislar em causa própria e em detrimento dos direitos dos servidores municipais. Em mais um gesto de genuflexão diante do chefe do poder executivo, os vereadores, atendendo uma propositura do prefeito Ricardo Pereira do Nascimento, quase votaram um Projeto de Lei que prejudica, sobremaneira, os barnabés municipais.

Esse Projeto de Lei determina a redução dos valores das gratificações de insalubridade nos contracheques dos funcionários públicos municipais. Quem tem direito a 40%, vai ficar com 20%; quem ganha 20% de insalubridade vai receber 15% e, quem ganha 15%, vai ficar somente com 10%. O PL já estava em pauta para votação quando o presidente do Sindicato da classe, o professor Draimler Virgulino, convocou os servidores, que se fizeram presentes na Câmara Municipal em defesa de seus direitos.

Pressionados pela presença dos barnabés, os vereadores da base aliada do prefeito se mobilizaram, em comunicações apressadas, para que os vereadores que ainda não haviam chegado não comparecessem à Câmara para não completar o quórum qualificado. Em face dessa manobra, a sessão foi adiada com a promessa do presidente daquela Casa de que, antes de pautar a matéria para votação, discutirá o texto com representantes dos servidores municipais.

Se o vereador Garrancho não tiver capacidade de convencer o prefeito, com certeza, Nascimento estará na Câmara pressionando seus comandados a fazerem o que lhe interessa, como fez quando da votação do PL do Piso Salarial da Enfermagem, que foi votado do jeito que o alcaide quis. De sorte que os servidores municipais estão criando coragem de enfrentar situações que antes eram impensáveis. Ontem, além de comparecerem à Câmara Municipal, houve até algumas manifestações chamando os vereadores de "covardes".



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