segunda-feira, 20 de maio de 2024

Princesa, capital Piancó

Estamos voltando no tempo. Até 18 de novembro de 1921, Princesa pertencia ao município de Santo Antônio do Piancó. Emancipada, virou cidade e prosperou muito mais do que o município ao qual pertencia. Princesa já foi protagonista de muita história e, na política, já foi também uma referência no estado da Paraíba quando tivemos dois representantes na Assembleia Legislativa (Aloysio Pereira de Antônio Nominando). Agora, relegada ao descaso e ao abandono, a história, é completamente outra.

Vivemos, hoje, na cidade do "já teve", principalmente, depois da chegada do prefeito Nascimento ao poder. Na Saúde, por exemplo, somos dependentes de tudo quanto é canto, até de Piancó. Semana passada, uma senhora, gestante, entrou em trabalho de parto e, na iminência de parir, procurou o Hospital de Princesa. Impossibilitada de ter a criança de parto normal, foi encaminhada para o Hospital Regional de Piancó, com um comentário da enfermeira daquele nosocômio, de que, a criança, poderia nascer na estrada.

Preocupado com isso o marido, detentor de posses, levou a mulher para Afogados da Ingazeira, onde ela pariu assim que chegou. Ali, a médica informou que a gestante estava com o útero muito fino e com possibilidade de rompimento iminente. Para quem tem condições, tudo bem. Porém, para os pobres, o verdadeiro hospital de Princesa é uma ambulância com o sério risco de qualquer intercorrência provocar perda de vidas. É essa a triste realidade quando, aqui em Princesa, não temos capacidade de atender sequer uma gestante, sem falar nas mortes de crianças ocorridas naquele nosocômio.

É vergonhoso, para nós todos, menos para Nascimento que tem plano de saúde da Unimed. Isso mesmo, enquanto o povo pobre morre à míngua, o prefeito da prosperidade, que municipalizou o Hospital para angariar votos, desfila em carrões, cheio de pulseiras e anéis de ouro dependurados nos braços e no pescoço e, o povo, um detalhe, se lasca sendo transferido para cidades bem menores do que Princesa para tratar de problemas, os mais simples, porque aqui, não temos uma saúde de qualidade. O hospital de Princesa, hoje, é uma ambulância!



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