quarta-feira, 12 de junho de 2024

O Gongá de Nascimento

Sem fugir à regra, o prefeito de Princesa tem também, no seu gabinete de trabalho, um pequeno altar com os santos de sua devoção. Isso é comum Brasil afora quando, os santos, estão sempre em lugares que não deveriam estar, atendendo aos fetiches e superstições daqueles que acreditam carecer de proteção especial. É certo que o lugar de imagens sagradas é nos templos católicos (crente abomina idolatria) ou, por outra, se formos seguir a Bíblia, em lugar nenhum.

No Livro Sagrado da religião Cristã, numa passagem do Livro do Exodo 20:4 está escrito: "Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há no Céu ou na Terra. Não te curvarás a elas nem às servirás". Mas isso é bobagem, ninguém segue nem respeita esse ensinamento. Pelo contrário, em toda repartição pública as imagens de santos e crucifixos se apresentam em abundância e todos têm o direito ao seu gongá particular.

No gongá do alcaide princesense, dá para identificarmos algumas das imagens ali pousadas a exemplo de Nossa Senhora Aparecida; Nossa Senhora da Conceição; um Padre Cícero; várias outras imagens em miniatura e, por detrás do braço do prefeito, se não me engano, um São Expedito, padroeiro dos endividados e das causas impossíveis. Ante essa profusão de imagens, deduz-se que Nascimento, sob o manto desses ícones sagrados, vem escapando de um bocado de coisas. Além de muito direito, ele é um homem de sorte e, até agora, parece que tem o corpo fechado.



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