Em entrevista concedida no último sábado (6), o prefeito de
Princesa, Ricardo Pereira do Nascimento aproveitou a oportunidade para criticar
seus antecessores na administração do Hospital Regional “Deputado José Pereira
Lima”, mas esqueceu de informar à população princesense sobre sua desastrosa e,
possivelmente, improba gestão frente à direção daquele nosocômio. Como prova
disso, tenho em mãos um Relatório, emitido pelo ex-gestor do Hospital Regional
durante o biênio 2017/18, que o sucedeu naquela chefia.
O Relatório, assinado pelo doutor Edísio Francisco da Silva,
ex-Diretor Geral daquele HR e por toda a equipe técnica daquela gestão, aponta
diversas irregularidades da gestão anterior, comandada pelo senhor Ricardo Pereira
do Nascimento. Com o intuito de melhor informar, transcrevemos a parte
introdutiva do referido documento:
“A atual gestão assumiu a
Unidade em 26 de janeiro de 2017, encontrando um montante de débitos com
fornecedores de mais de 670 mil reais, sem registro de empenho, ou faturamento,
impossibilitando assim a quitação do débito junto aos fornecedores pela atual
gestão. Desse total, apenas 17 mil encontrava-se empenhado como restos à pagar
de 2016, e foram quitados por esta gestão em 2017. A Unidade Hospitalar
encontrava-se com diversas falhas estruturais e uma folha de pagamento inflada
com cerca de 30 servidores que não prestavam serviço algum; veículos parados em
oficinas, inclusive ambulância, por falta de pagamento das peças e serviços. A
última produção hospitalar apresentada ao MS foi em maio de 2016.”
Como vemos, além do débito de mais de R$ 670 mil, havia 30
servidores “fantasmas” recebendo sem trabalhar. E, esse monstruoso débito, não
tinha empenhos, licitações, tampouco justificativas para as despesas. Esse Relatório
foi encaminhado à Secretaria de Estado da Saúde e cópia para o Tribunal de
Contas do Estado. Passados mais de 8 anos, até agora nenhuma providência parece
haver sido tomada. Mesmo diante da impunidade, fica claríssimo o comportamento
improbo do senhor Ricardo Pereira do Nascimento quando foi diretor daquele
Hospital. O Relatório se encontra em minhas mãos à disposição de quem
interessar possa. Pelo visto, as falcatruas, vêm de longe!
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