terça-feira, 30 de julho de 2024

Uma eleição descarada

Todas as pesquisas eleitorais davam conta de que a vitória da oposição, na Venezuela, seria certa e por uma larga margem de votos de vantagem do candidato González Hurrutia sobre o ditador Nicolás Maduro. Não se pode falar em surpresa porque era previsível que Maduro jamais largaria o osso. Todos sabiam que alguma coisa aconteceria para impedir a expressão da vontade livre e soberana do povo da Venezuela.

Uns apostavam que o pleito seria adiado sob pretexto qualquer. Outros, achavam que, saído o resultado dando vitória à oposição, Maduro promoveria um golpe de Estado. Todavia, o ditador optou pela fraude descarada: antes de serem apurados 80% dos votos, o Conselho Nacional Eleitoral (que é subserviente a Maduro) daquele país, proclamou Nicolás Maduro reeleito com 51,2% dos votos.

Durante a farsa da apuração dos votos a oposição foi impedida de participar do processo e não teve acesso às atas eleitorais. Logo após a proclamação do resultado, países autoritários como, Rússia; China; Cuba; Irã; Nicarágua e Honduras, reconheceram a vitória do ditador venezuelano. Enquanto isso, o governo brasileiro emitiu uma Nota dizendo que só reconhecerá o resultado da eleição após tomar conhecimento das atas eleitorais.

Na verdade, a eleição foi para “inglês ver”. De toda forma, Maduro tinha de ganhar senão, esbarraria preso pelos crimes que vem cometendo contra o povo venezuelano nos últimos onze anos de ditadura. Lisura e transparência nas eleições seria mesmo impensável. Estava tudo orquestrado para permitir a continuidade. Resta saber se o governo Lula endossará essa fraude descarada.



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