sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Pressionado aqui e alhures Lula toma posição quanto às crises na Nicarágua e Venezuela

Desta vez não foi o bispo, mas o próprio Papa que chamou o feito à ordem. No último encontro do presidente Lula com o Papa Francisco, este pediu ao presidente para intermediar um acordo junto ao governo do ditador Daniel Ortega, da Nicarágua, para a soltura dos bispos Rolando Álvarez e Isidoro Mora, que estão presos por criticarem aquele governo autoritário. O resultado foi o rompimento das relações diplomáticas entre o Brasil e a Nicarágua com a expulsão dos embaixadores.

Quanto à Venezuela, antes que o papa intercedesse, Lula, pressionado pelo povo brasileiro, até que enfim declarou ontem (15) que não reconhece a reeleição do ditador Nicolás Maduro. O presidente brasileiro exige que as atas de votação sejam apresentadas (mesa por mesa) para tomar uma posição definitiva. Há também a sugestão da ocorrência de uma nova eleição, algo completamente descartado por ambos os lados. Nem Maduro nem a oposição aceitam essa proposta. O certo é que, sem a apresentação dos documentos comprobatórios da lisura no pleito eleitoral, o Brasil tá fora.

A posição de Lula, embora tardia, soa positiva uma vez destacar que o Brasil não apoia regimes autoritários. Na contramão de tudo, o PT antecipou-se ao emitir uma Nota reconhecendo o resultado fraudulento daquela eleição, o que, pelo visto não tem a chancela do presidente. Quanto à realização de uma nova eleição, a líder oposicionista da Venezuela, Maria Corina Machado, declarou ser contrária: "A eleição já aconteceu e o vencedor foi Edmundo González Hurrutia, não podemos fazer eleições indefinidas até Maduro aceitar o resultado".



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