Sem dúvida alguma o Grande Criador do Universo vive a se
decepcionar com a grande maioria de suas criaturas. Não poderia ser diferente
com os simples mortais. E é na política que essa situação se exacerba
sobremaneira. Conchavos e acordos político-eleitorais, no mais das vezes, são
forjados apenas para atender interesses momentâneos, não são feitos para durar
e, compromissos firmados, são selados para serem descumpridos na primeira
oportunidade que aparecer.
Mesmo sendo isso uma regra, faz-se necessário o exercício da
prudência em detrimento da ambição e da arrogância. Não foi isso o que
aconteceu na política de Tavares e de Juru. Eleitos com o apoio dos então
prefeitos: Ailton Suassuna de Tavares e, Luiz Galvão de Juru, Coco de Odálio e
Solange Félix, respectivamente, foram abandonados pelos seus criadores que
intencionavam retornar ao poder. Mesmo assim, resolveram ser candidatos à
reeleição. As criaturas peitaram os criadores.
Numa prova de que os votos do povo não são patrimônio pessoal
de ninguém, mas sim do poder, as duas criaturas concorreram com seus criadores
e venceram as eleições por larga margem de vantagem. Ou seja, a ambição não
permitiu que os criadores esperassem, confortavelmente, mais quatro anos para
retornarem ao poder; cresceram os olhos pensando que a vontade popular lhes
pertencia e amargaram, ambos, acachapantes derrotas. Agora terão de esperar
mais quatro anos só que, desta vez, no ostracismo. Quando a esperteza é muito
grande, ela engole o dono.
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