José Alberto Mujica Cordano popularmente conhecido como “Pepe
Mujica” nasceu em Montevidéu em 20 de maio de 1935, agricultor e político
uruguaio, foi presidente da República daquele país durante o período de 2010 a
2015 e senador entre 2015 até agosto de 2018. Durante o período da ditadura
militar (1973-1985), Mujica fez parte da guerrilha como membro dos Tupamaros e
participou de várias ações consideradas terroristas pelo poder vigente, foi
preso durante 14 anos de onde só saiu em 1985.
Além de presidente, Pepe Mujica, exerceu os cargos de
deputado; ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca, e presidente do Mercosul
(2013). Juntamente com outros líderes de esquerda, fundou o Grupo de Puebla,
criado no México em julho de 2019. No exercício da presidência da República
comportou-se de maneira bastante simples quando, além de locomover-se em seu
próprio veículo (um fusca), doava 70% de seu salário para seu partido e para
fundos para construção de moradias.
Quando presidente, recusou-se a morar no Palácio presidencial
preferindo continuar morando em sua chácara na periferia da capital. Durante
seu mandato, priorizou o combate à miséria e à pobreza, o que reduziu esses
índices em 50%, e fez aprovar uma lei que legalizou a venda da maconha em seu
país. Dada à sua austeridade e estilo de vida simples, tornou-se um dirigente
conhecido mundialmente. Hoje, aos 89 anos de idade e em tratamento de um câncer
de esôfago, se despede da vida.
Ateu e casado com Lucia Topolansky, Mujica continua morando
em sua chácara na zona rural de Montevidéu onde cultiva flores e hortaliças,
levando vida bastante simples. No último sábado (19), por ocasião de um comício
de campanha para a eleição do presidente do Uruguai, Pepe proferiu emocionante
discurso exaltando a finitude da vida, dizendo: “Perto de fazer a retirada de
onde não se volta, quando meus braços se forem haverá milhares de braços
substituindo a luta”, e despediu-se emocionado.
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