sexta-feira, 8 de novembro de 2024

A vitória de Donald Trump nos EUA anima extremistas de direita

A estrondosa vitória de Donald Trump (Republicano) nas eleições do último dia 5 nos Estados Unidos, reverberou no mundo todo. Primeiro porque o que se dizia ser uma eleição acirrada, apertada, transformou-se num passeio quando o ex-presidente, além de ser eleito para um segundo mandato, fez maioria na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Para além da vitória considere-se o empoderamento de Trump, o que reflete mudanças que deverão surtir efeito no mundo todo.

Da vitória dos republicanos afloram valores enviesados quando o então candidato Trump, durante a campanha, não escondeu sua misoginia, seu racismo, tampouco seu preconceito de gênero. O único mérito de tudo isso é o fato de que ele [Trump] sempre disse a verdade. O esquisito é que, mesmo assim, o povo americano votou, incluindo-se aí mulheres, negros, latinos e demais segmentos aos quais o presidente-eleito dispensa clara ojeriza.

Aqui no Brasil, a vitória de Donald Trump agitou os meios políticos. No governo há o receio de que medidas protecionistas na economia, prometidas na campanha, venham a comprometer o bom relacionamento comercial entre Brasil e EUA. Do lado da oposição, bolsonaristas se animam na esperança do apoio do novo presidente americano a uma reabilitação política do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que poderá dar-lhe a chance de disputar a eleição presidencial em 2026.

Essas digressões, no entanto, não se apresentam plausíveis. Na economia, as regras são claras e cumpridas com vistas ao sucesso do lucro e isso não contempla vinganças nem retaliações. Na política, porquanto queira, Trump até poderia influenciar na reabilitação de Bolsonaro. O problema é que o presidente dos EUA talvez não tenha interesse na pequenez desse assunto, até porque, o Brasil não vem sendo a prioridade dos presidentes americanos. Afinidade ideológica é uma coisa, apoio a agendas particulares é outra coisa.



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