quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Já se movimentam as peças no tabuleiro político da Paraíba para as eleições de 2026.

No Brasil é assim: finda uma eleição, começa a outra. Fechadas as urnas das eleições municipais, as figurinhas carimbadas da política estadual, na Paraíba, já se movimentam em busca de espaço para as disputas eleitorais de 2026. O foco inicial se concentra na principal cadeira do Palácio da Redenção. Como o governador João Azevedo (PSB) não pode mais concorrer a uma reeleição, terá de decidir quem será o candidato de seu grupo para substituí-lo, o que vem se apresentando uma tarefa difícil.

Na espera dessa decisão, alguns nomes já se movimentam em busca da unção do governador. Um dos mais afoitos é o atual presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adriano Galdino (PSB) que se diz pré-candidato, não abre pra ninguém e não cogita disputar outro cargo que não o de governador. Já o vice-governador, Lucas Ribeiro (PP), anuncia que caso o governador se afaste para concorrer a uma cadeira no Senado Federal, ele assumirá a titularidade do cargo de governador e concorrerá à reeleição.

É claro que, no colete de João Azevedo, existe um nome de sua preferência e, as especulações, apontam para a figura de Deusdete Queiroga que é Secretário de Estado da Infraestrutura e Recursos Hídricos (coincidentemente o mesmo cargo que João Azevedo ocupava no governo de Ricardo Coutinho). No entanto, dois fatores conspiram contra Queiroga: nem João é liderança suficiente para impor nome in pectore, tampouco ele próprio [Deusdete] reúne apoios necessários para tanto.

As expectativas residem na espera da decisão do governador, se se afasta ou não para concorrer ao Senado. Em caso de renúncia, Lucas Ribeiro ocupa seu lugar e parte para a reeleição. Caso continue no governo pode haver um racha no partido se João não indicar um nome de consenso. Em entrevista radiofônica na capital do Estado, Adriano Galdino já avisou que está com um olho no gato e outro no queijo. Ou seja: caso a decisão do governador não seja acertada, a oposição poderá se fortalecer. Se ficar o bicho come, se correr o bicho pega.



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