No Brasil é assim: finda uma eleição, começa a outra.
Fechadas as urnas das eleições municipais, as figurinhas carimbadas da política
estadual, na Paraíba, já se movimentam em busca de espaço para as disputas
eleitorais de 2026. O foco inicial se concentra na principal cadeira do Palácio
da Redenção. Como o governador João Azevedo (PSB) não pode mais concorrer a uma
reeleição, terá de decidir quem será o candidato de seu grupo para
substituí-lo, o que vem se apresentando uma tarefa difícil.
Na espera dessa decisão, alguns nomes já se movimentam em
busca da unção do governador. Um dos mais afoitos é o atual presidente da
Assembleia Legislativa, deputado Adriano Galdino (PSB) que se diz
pré-candidato, não abre pra ninguém e não cogita disputar outro cargo que não o
de governador. Já o vice-governador, Lucas Ribeiro (PP), anuncia que caso o
governador se afaste para concorrer a uma cadeira no Senado Federal, ele
assumirá a titularidade do cargo de governador e concorrerá à reeleição.
É claro que, no colete de João Azevedo, existe um nome de sua
preferência e, as especulações, apontam para a figura de Deusdete Queiroga que
é Secretário de Estado da Infraestrutura e Recursos Hídricos (coincidentemente
o mesmo cargo que João Azevedo ocupava no governo de Ricardo Coutinho). No
entanto, dois fatores conspiram contra Queiroga: nem João é liderança
suficiente para impor nome in pectore,
tampouco ele próprio [Deusdete] reúne apoios necessários para tanto.
As expectativas residem na espera da decisão do governador,
se se afasta ou não para concorrer ao Senado. Em caso de renúncia, Lucas
Ribeiro ocupa seu lugar e parte para a reeleição. Caso continue no governo pode
haver um racha no partido se João não indicar um nome de consenso. Em
entrevista radiofônica na capital do Estado, Adriano Galdino já avisou que está
com um olho no gato e outro no queijo. Ou seja: caso a decisão do governador
não seja acertada, a oposição poderá se fortalecer. Se ficar o bicho come, se
correr o bicho pega.
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