Antecipada a corrida eleitoral na Paraíba, sem a liderança de um comando efetivo, as hostes políticas se digladiam batendo cabeça o que faz da eleição do próximo ano uma verdadeira incógnita. Do lado da oposição tá tudo bem, até porque, sem poder, aguardam o desenrolar das coisas com a esperança da sobra. Já dizia o ex-prefeito Gonzaga Bento: "Os que estão no poder, são as cachorros gordos. Os magros, estão na oposição". É a pura verdade, pois, os cachorros magros "gurejam" à espera das migalhas que podem sobrar do lauto banquete dos poderosos.
Há mais ou menos um mês, o governador João Azevedo (PSB) tirou o seu da reta quando afirmou que, a escolha dos candidatos para a chapa majoritária deverá ser feita pelos partidos que compõem a base governista. O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), está em campanha aberta para governador. O vice-governador, Lucas Ribeiro (PP) já avisou: "Se João sair, eu vou". Agora, o presidente da Câmara Federal, deputado Hugo Motta (Republicanos), afirmou de forma enfática: "O nosso Partido não será coadjuvante!"
O quadro, por demais embolado, se apresenta difícil de uma leitura que permita uma composição pacífica. João saindo, Lucas não abre mão de concorrer à governadoria. João ficando, não demonstra liderança suficiente para formar uma chapa que atenda aos diversos interesses. Em face desse impasse, a oposição acena para os possíveis insatisfeitos com a possibilidade de vagas, tanto para governador quanto para o Senado Federal. Dificilmente, Cícero Lucena - que lidera as pesquisas - aceitará ser preterido na escolha. Já o poderoso Motta, com seu peremptório aviso, certamente, não aceitará ver seu partido de fora. Tocaram fogo na coivara sem fazer os aceiros.
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