quinta-feira, 30 de maio de 2019

A IMORALIDADE ACUSADORA




     Ontem (29/05/2019), as contas referentes à minha gestão como prefeito de Princesa, foram submetidas à apreciação da Câmara Municipal. Os pareceres do TCE – Tribunal de Contas do Estado da Paraíba imputaram erros formais ou contábeis que, sanáveis são ainda passíveis de justificativas porque não denotam desvio de verbas tampouco evidências de locupletação deste que escreve com o que é público. O julgamento pela Câmara, que teve caráter eminentemente político e foi também ilegal e ilegítimo. A matéria em pauta necessitaria de quórum qualificado, ou seja: maioria de dois terços dos membros daquela Casa Legislativa. Acontece que, mesmo sem essa quantidade (sete parlamentares) de vereadores presentes ao Plenário daquela Câmara, a matéria foi submetida a votação recebendo a unanimidade dos 06 (SEIS) votos presentes, pela aprovação do parecer do TCE. Estranho que a Procuradoria Jurídica daquela Casa não tenha atentado para o que é óbvio: como pode uma matéria ser submetida a votação quando não estão presentes sequer a quantidade necessária de parlamentares que possam lhe garantir o quórum necessário? Será subserviência política ou incompetência profissional? Mesmo com esses procedimentos esquisitos, a matéria foi aprovada quando empurrada de goela abaixo, o que será por mim questionado na Justiça. Isso não me causou surpresa porque é essa a prática comum daquela Casa de Leis nesses tempos de governo de transformação. Surpresa maior causou-me a posição adotada pelos vereadores Valmir Pereira, Jaildo Paulino e Arnaldo Florentino. Estes - que fizeram parte da minha administração -, agora, sob pressão do atual prefeito (a quem aderiram politicamente), se manifestaram contrários à reprovação daquele parecer. O primeiro [Valmir], sendo titular do mandato ausentou-se para não votar; o segundo [Jaildo], em que pese os apelos pelo apoio político que fiz como aliado meu que foi, votou também pelo parecer e, o último [Arnaldo], na qualidade de suplente, talvez o mais beneficiado na minha gestão também se negou ao meu pedido de apoio político votando pela reprovação das minhas contas. Qual não foi a minha surpresa ao ver aqueles três vereadores que foram tão beneficiados durante o meu governo me virarem as costas num momento crucial em que poderiam prestar solidariedade àquele que tanto os ajudou? Mas isso eu já esperava, pois, conforme dizem os mais velhos: “Quem faz um cesto, faz um cento”. Trair, em seus dicionários, tem outra definição e outra conotação, pois, significa locupletar-se. Como se não bastasse, ontem mesmo deparei-me com nota divulgada nas redes sociais pelo ex-vereador e atual secretário de Infraestrutura, Givaldo Morais, agradecendo e parabenizando aos que votaram pela reprovação das minhas contas. Na nota, o ex-vereador taxou a minha gestão de desastrosa e promotora de erros irreversíveis. Ora, quem tem boca diz o que quer, porém, quem tem boca tem também ouvidos para ouvir o que não quer. Como pode ter sido desastrosa uma gestão que inaugurou seis Postos de Saúde; que trouxe para Princesa um Hospital de Reabilitação; duas Unidades de Acolhimento; que trouxe água para todos, do Rio São Francisco, através da Adutora do Pajeú; que deixou nas contas da Prefeitura R$=700.000,00 (SETECENTOS MIL REAIS) para a construção de calçamentos; que construiu e recuperou praças e campos de futebol; que prestava assistência total à saúde dos mais necessitados; dentre outros benefícios? O descaramento de Givaldo Morais é tamanho que ele esquece que, com seu dedo sujo não pode apontar defeitos à minha administração. Qual a moral que tem esse senhor em criticar-me, ele que foi demitido a bem do serviço público, da moral e dos bons costumes quando não se comportou condizentemente no exercício do cargo de Agente Comunitário de Saúde? Esse cidadão de passado nebuloso que, além de desprovido de educação doméstica, escolar e social, na sua “mastológica” vocação vem causando sérios prejuízos à cidade quando não se apresenta vocacionado para o exercício do cargo de secretário de Infraestrutura, uma vez que todos sabem e veem o estado em que se encontra a cidade: completamente abandonada. Quero dizer aqui ao deslustrado e deslustroso ex-vereador que, quando for defender seu indefensável chefe, aquele que fechou escolas, hospitais, matadouro e bibliotecas; aquele que acabou com a saúde de Princesa; aquele que adora carrões e sabe, como ninguém, comprar vereadores; mande alguém que sabe escrever fazê-lo, pois, Vossa ex-excelência, analfabeto e iletrado que é, causa pena tanto quando fala quanto quando escreve num constante assassínio do nosso vernáculo. Outra recomendação que faço ao senhor: ao invés de fazer de sua esposa uma títere em suas mãos quando no “comando” da Câmara Municipal, vá limpar o seu colega (o lixo) que está tomando conta de toda a cidade.


ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 30 DE MAIO DE 2019.

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