segunda-feira, 29 de julho de 2019

81 ANOS DA MORTE DE LAMPIÃO



Foto das cabeças decepadas, expostas nos degraus da Igreja Matriz de Piranhas/SE

     Em 28 de julho de 1938, numa grota da fazenda “Angicos”, às margens do Rio São Francisco, no Estado de Sergipe, foi assassinado Virgulino Ferreira, o famigerado “Rei do Cangaço”: Lampião. Em constante fuga das polícias de seis estados nordestinos (PB, PE, BA, AL, SE E CE), Lampião se escondia sempre sob o amparo de “coiteiros” que lhes davam apoio. Desta feita, o “Rei do Cangaço” se deu mal, pois, foi traído por um de seus protetores, o coiteiro chamado Pedro de Cândido. Na noite de 27 de julho daquele ano, Lampião, após rezar o “Rosário da Mãe de Deus”, recolheu-se à sua barraca juntamente com sua mulher “Maria Bonita”. Em que pese haver um dos cangaceiros montando guarda no topo de uma pedra este, estranhamente, não foi capaz de identificar – já na madrugada do dia 28 -, a aproximação da volante da polícia de Alagoas, chefiada pelo tenente João Bezerra. Surpreendidos com o ataque fulminante, alguns cangaceiros conseguiram fugir. Porém, Lampião, que já havia escapado da morte aqui perto de Princesa (nas imediações do Povoado de “Patos de Irerê”), não conseguiu fugir, tampouco defender-se e foi morto por vários disparos de fuzis e de rifles. Morto o chefe maior do Cangaço Nordestino, encerrou-se um ciclo de violência nas caatingas da nossa região que, por sua antológica performance, ficou inscrita na história do Brasil. Após a exterminação de parte do bando de Lampião, as cabeças dos cangaceiros mortos foram decepadas e exibidas nos degraus da igreja Matriz da cidade alagoana de Piranhas.

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