Em 28 de julho de
1938, numa grota da fazenda “Angicos”, às margens do Rio São Francisco, no
Estado de Sergipe, foi assassinado Virgulino Ferreira, o famigerado “Rei do
Cangaço”: Lampião. Em constante fuga das polícias de seis estados nordestinos
(PB, PE, BA, AL, SE E CE), Lampião se escondia sempre sob o amparo de
“coiteiros” que lhes davam apoio. Desta feita, o “Rei do Cangaço” se deu mal,
pois, foi traído por um de seus protetores, o coiteiro chamado Pedro de Cândido.
Na noite de 27 de julho daquele ano, Lampião, após rezar o “Rosário da Mãe de
Deus”, recolheu-se à sua barraca juntamente com sua mulher “Maria Bonita”. Em
que pese haver um dos cangaceiros montando guarda no topo de uma pedra este,
estranhamente, não foi capaz de identificar – já na madrugada do dia 28 -, a
aproximação da volante da polícia de Alagoas, chefiada pelo tenente João
Bezerra. Surpreendidos com o ataque fulminante, alguns cangaceiros conseguiram
fugir. Porém, Lampião, que já havia escapado da morte aqui perto de Princesa
(nas imediações do Povoado de “Patos de Irerê”), não conseguiu fugir, tampouco
defender-se e foi morto por vários disparos de fuzis e de rifles. Morto o chefe
maior do Cangaço Nordestino, encerrou-se um ciclo de violência nas caatingas da
nossa região que, por sua antológica performance, ficou inscrita na história do
Brasil. Após a exterminação de parte do bando de Lampião, as cabeças dos
cangaceiros mortos foram decepadas e exibidas nos degraus da igreja Matriz da
cidade alagoana de Piranhas.
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