O AÇUDE “IBIAPINA”
é um dos mais antigos mananciais de Princesa. Foi construído em meados do
Século XIX, por iniciativa do coronel Manoel Florentino com o intuito de abastecer
a então Vila de Princesa. No inverno de 1878 em face de grande “cheia” do
riacho que o abastece, quase se rompia sua parede. De acordo com informações
orais dos mais velhos, o socorro adveio por iniciativa do padre José Antônio de
Maria Ibiapina , que por aqui passava em suas constantes missões. Conta-se que,
o padre Ibiapina, auxiliado pelos moradores da Vila de Princesa - numa noite
tenebrosa de muita chuva, relâmpagos e trovões – promoveu orações e o
acendimento de várias velas em “catembas” de coco, o que, segundo aquelas
informações, evitou o arrombamento do açude. Já nos anos 1960/70, o “Ibiapina”,
também chamado de “Pichilinga”, serviu de divertimento para os jovens quando,
aos domingos, para ali iam tomar banho em sua praia. Além dessa serventia, era
também naquele açude que as mulheres lavavam roupas em sua ilha formada por
algumas grandes pedras. Mais recentemente, alguns jovens que brincavam em seu
entorno, encontraram em suas margens, vários cartuchos de balas de fuzil com
data de 1912 e 1918 o que prova haverem sido, aquelas munições, usadas na “Guerra
de Princesa” em 1930. Hoje, o Açude Ibiapina está morto em face do recebimento
da maioria dos esgotos da cidade, se constituindo em mais um patrimônio
histórico que, em não podendo ser destruído, foi abandonado à própria sorte.
(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIOMAXIMIANO
ROBERTO, EM 29 DE JULHO DE 2019).
Nenhum comentário:
Postar um comentário