sábado, 13 de julho de 2019

BOLSONARO E O FILHO EMBAIXADOR



     Mais uma vez o presidente Jair Bolsonaro surpreende o Brasil com um anúncio inusitado: vai nomear o filho “Número Dois”, Eduardo Bolsonaro, como embaixador do Brasil nos Estados Unidos da América. Surpreende essa notícia, não somente pelo fato de que o rebento presidencial não possui as credenciais necessárias, tampouco experiência diplomática para aquele estratégico cargo, mas, principalmente, pela declaração do presidente quando disse que nomearia o filho porque o mesmo fala inglês e espanhol fluentemente e é amigo dos filhos do presidente americano, Donald Trump. Em toda a história da diplomacia brasileira - tão bem fundada pelo empenho competente do Barão do Rio Branco -, nunca uma embaixada importante, como a dos Estados Unidos, foi entregue a um jovem (Eduardo completou anteontem 35 anos que é a idade mínima exigida para o exercício do cargo de embaixador) inexperiente e que não pertencesse aos quadros do Itamarati. Tal decisão surpreendeu até o famoso comentarista político da TV por assinatura “Globo News”, Guga Chacra, quando disse que, fato dessa natureza, contido de claro nepotismo, somente aconteceu quando da nomeação do filho do Rei da Arábia Saudita (uma ditadura) para o mesmo cargo na terra do “Tio Sam”. É lamentável que as notícias que recebemos desse governo são sempre surpreendentes quando eivadas de arrogâncias e demonstrações de um poderio irresponsável, o que denuncia o despreparo do nosso governante maior. Às vezes, acho bem empregado, pois, a culpa é do povo que elegeu para presidir a Nação, um homem que não disse a que veio, uma vez não haver participado de debates para ser inquirido pela sociedade sobre suas verdadeiras intenções. O lema desse governo – inquestionavelmente legitimado pelas urnas -, é: “Eu quero, Eu Posso, Eu Mando”. E ponto.

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