As declarações do
presidente Jair Bolsonaro, com relação ao pai de Felipe Santa Cruz, presidente
da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil tiveram uma repercussão muito grande;
tanto aqui no Brasil quanto lá fora. O presidente, que não perde oportunidade
em falar besteiras, desta vez, extrapolou. Falar de quem já morreu é complicado;
ademais quando se trata de uma vítima que foi exterminada pela Ditadura Militar
instalada com o Golpe de 1964, o que Bolsonaro sempre defendeu. Esquece ele [o
presidente], que com a Anistia (ampla, geral e irrestrita) de 1979, foi
firmado, no âmbito da sociedade brasileira, um pacto velado, em que ambas as
partes (ditadores e guerrilheiros), deveriam se abster de elogiar uns ou outros.
De lá para cá, já tivemos 09 (NOVE) presidentes da República e, dentre eles,
somente Jair Bolsonaro ousou abrir a boca para elogiar e fazer apologia do
período ditatorial promovendo um premente desserviço à democracia. O deboche
usado nas palavras proferidas pelo comandante maior da nação, quando se referiu
ao falecido guerrilheiro da AP – Ação Popular, Fernando Augusto Santa Cruz
Oliveira, causou constrangimento e, ao mesmo tempo, comprometimento do
presidente quanto às decisões da “Comissão Nacional da Verdade”, que concluiu
que Fernando Santa Cruz foi assassinado por agentes do Estado. Agora,
interpelado pelo filho do guerrilheiro, o presidente terá de justificar-se por
suas irresponsáveis declarações. O “mito” perdeu uma grande oportunidade de
ficar calado.
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