ODE

quarta-feira, 31 de julho de 2019

BOLSONARO: O BOQUIRROTO




     As declarações do presidente Jair Bolsonaro, com relação ao pai de Felipe Santa Cruz, presidente da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil tiveram uma repercussão muito grande; tanto aqui no Brasil quanto lá fora. O presidente, que não perde oportunidade em falar besteiras, desta vez, extrapolou. Falar de quem já morreu é complicado; ademais quando se trata de uma vítima que foi exterminada pela Ditadura Militar instalada com o Golpe de 1964, o que Bolsonaro sempre defendeu. Esquece ele [o presidente], que com a Anistia (ampla, geral e irrestrita) de 1979, foi firmado, no âmbito da sociedade brasileira, um pacto velado, em que ambas as partes (ditadores e guerrilheiros), deveriam se abster de elogiar uns ou outros. De lá para cá, já tivemos 09 (NOVE) presidentes da República e, dentre eles, somente Jair Bolsonaro ousou abrir a boca para elogiar e fazer apologia do período ditatorial promovendo um premente desserviço à democracia. O deboche usado nas palavras proferidas pelo comandante maior da nação, quando se referiu ao falecido guerrilheiro da AP – Ação Popular, Fernando Augusto Santa Cruz Oliveira, causou constrangimento e, ao mesmo tempo, comprometimento do presidente quanto às decisões da “Comissão Nacional da Verdade”, que concluiu que Fernando Santa Cruz foi assassinado por agentes do Estado. Agora, interpelado pelo filho do guerrilheiro, o presidente terá de justificar-se por suas irresponsáveis declarações. O “mito” perdeu uma grande oportunidade de ficar calado.

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