ODE

domingo, 31 de dezembro de 2023

Garrancho: um projeto ambicioso

Encerrando o ciclo de entrevistas realizadas pela Rádio Princesa FM, sob a coordenação do jornalista Júnior Duarte, com os pré-candidatos à prefeitura de Princesa, foi ontem (30), a vez do vereador e presidente da Câmara Municipal, Ednaldo Melo, mais conhecido por “Garrancho”. Iniciando a conversa, Júnior Duarte, pediu ao vereador que fizesse um balanço sobre sua gestão à frente da Casa Adriano Feitosa, ao que o presidente da Câmara atendeu discorrendo sobre o que fez e sobre seus “ambiciosos” projetos para Princesa.

Denotando algum cansaço na voz, mas muito solícito, Garrancho começou dizendo que desde sua assunção ao cargo de presidente da Câmara, determinou que cada vereador teria um microfone exclusivo; criou uma lei que agraciará os vereadores com Emendas Propositivas ao Orçamento Municipal para a execução de obras, e que vai comprar, para dar de presente aos parlamentares do sexo masculino, paletós para serem usados durante as Sessões daquela Casa Legislativa.

Questionado sobre a sucessão municipal, Garrancho afirmou que se apresenta como pré-candidato a prefeito e que não aceitará figurar na chapa majoritária como vice-prefeito. Perguntado sobre se aceitaria que a escolha do candidato, pelo atual prefeito, fosse feita através de um sorteio, o vereador, demonstrando sua “confiança” em Ricardo Pereira do Nascimento, respondeu: “Só se eu botar os papéis lá dentro”.

Sobre seus projetos para uma futura administração municipal, o vereador, a exemplo de Brás, o tesoureiro, disse que Princesa precisa de um novo Cemitério e que é este é o grande gargalo da administração, acrescentando que a ampliação da necrópole não foi feita ainda porque os donos das propriedades “adejacentes” cobram uma fortuna por um terreno. Não falou sobre Saúde, Educação, Esportes, Lazer ou quaisquer outras atividades essenciais para a população. Ou seja, projeto algum mora na cabeça do pré-candidato. Para ele, a mudança será para tudo continuar como está.

Quanto à escolha do candidato pelo alcaide, Garrancho afirmou que o melhor para Princesa será a decisão que Nascimento vai tomar, para que tudo continue como vem acontecendo. E exemplificou dizendo que, se esse projeto não continuar: “Como ficariam aqueles compraram carros, casas, etc.?” Ou seja, a preocupação do vereador é com a continuidade da prosperidade dos que hoje comandam o poder, dos parceiros de Nascimento. Em sua fala, Garrancho não demonstrou nenhuma preocupação com o povo, quando esqueceu de falar sobre o caos na área de Saúde, sobre os salários atrasados...

Toda a entrevista foi acompanhada e monitorada pelo prefeito Nascimento, como ele sempre diz: “Tudo tem de passar pelo meu ‘clivo’!” No final, o alcaide tomou a palavra para repetir que a desenvoltura dos pré-candidatos não lhe interessa, mas sim o continuísmo, e que só votará num candidato para quatro anos. Craque da manipulação, o alcaide informou que, de uma pesquisa que mandou fazer, tirou dois itens para conhecimento somente seu e informou que, nessa enquete, o candidato por ele indicado tem 59% da preferência popular. Insistente quanto ao pensamento de que tudo deve ser como ele projeta, o alcaide reafirmou que alguém da oposição sobrará na curva. Para Nascimento, os três pré-candidatos, todos eles vindos da roça, são perfeitos (jamais prefeitos) para uma perfeita manipulação.

Fazendo um balanço das entrevistas veiculadas pela Rádio Princesa FM, há-se de reconhecer que os pré-candidatos de oposição estão imensamente mais preparados do que os prepostos do prefeito quando, estes, iguais a marionetes ou ventríloquos, reverberam apenas o que é do agrado de Nascimento. À exceção do vice-prefeito, Zé Casusa, que deu uma excelente entrevista, os demais pré-candidatos sob o guarda-chuva do prefeito: Brás, Ana Paula e Garrancho, demonstraram despreparo e muita bajulação. De sorte que as pesquisas indicam outra direção.



 

Domingo eu conto

Por Domingos Sávio Maximiano Roberto

A dança fatal 

Zé Carneiro era um senhor de seus 60 anos de idade, já aposentado como agricultor, branco, de baixa estatura e dono de grande presença de espírito, um verdadeiro gozador quando de tudo fazia piadas e troçava com a cara de todo mundo. Casado, em segundas núpcias, com Tertuliana a quem chamavam de “Tertú”, uma morena mais nova do que ele cerca de 20 anos, mulher discreta, do lar. Moravam em Princesa. Com Tertú, Carneiro tinha três filhas a quem deu os nomes em homenagem à Virgem Maria: Maria das Graças, Maria de Lourdes e Maria de Fátima. As meninas, bem criadas, eram estudiosas e muito bem comportadas. Apenas, Fátima, fugia um pouco à regra; puxou do pai a graça da espirituosidade. Era encartada e, ao mesmo tempo, sonsa.

Ávido em ver as filhas formadas, Zé Carneiro, logo que elas terminaram o curso ginasial, as encaminhou para estudarem na cidade pernambucana de Pesqueira, onde vivia uma sua irmã solteirona, chamada Alexandrina. Ali, as meninas fizeram o curso científico e, depois, foram estudar no Recife onde o pai alugou um pequeno apartamento. Para acompanhá-las, Tertú ia sempre à capital pernambucana. Já o marido, raramente as visitava. Maria das Graças, fez vestibular e passou para o curso de Enfermagem; Maria de Lourdes optou por Ciências Contábeis e, Maria de Fátima, resolveu fazer Direito. Carneiro exultava com isso quando dizia a todos que suas filhas, em breve, seriam doutoras.

As meninas voltavam para Princesa nas férias do meio do ano e em dezembro. Nessas ocasiões, passavam a maior parte do tempo em casa, denotando um comportamento exemplar. Carneiro e Tertú, não tinham conhecimento de que alguma delas tivesse sequer um namorado. Para eles, elas viviam para estudar. Mesmo Fátima, que era mais avoada, não demonstrava interesse por rapazes e dizia sempre: “Só vou namorar quando terminar os meus estudos”. Carneiro se comprazia com isso, usando sempre essa situação para meter o pau nas filhas dos outros. Não perdia oportunidade em comparar as suas com as filhas alheias. Era sempre o primeiro a comentar quando acontecia algum caso de defloramento ou de moça buchuda sem casar.

Zé Carneiro tinha um compadre a quem devotava muita estima. Era Expedito, um barbeiro de reconhecida experiência profissional e que se auto intitulava de “navalha de ouro”. O compadre tinha seu ponto vizinho à casa de Carneiro. Viviam a conversar sobre tudo, mas eram especialistas em vida alheia. Expedito era um “rapaz velho”, sem filhos e aficionado em assuntos que versassem sobre sexo. Seus clientes o censuravam dizendo, a boca pequena, que o solteirão era mesmo um degenerado e que não podia ver uma moça de saia curta que ficava extasiado, mal disfarçando seu insistente olhar. Na rua, se comentava que o barbeiro era um punheteiro juramentado. Em face desses comentários Zé Carneiro já havia até admoestado Expedito quanto às suas filhas, no que o compadre sempre respeitou.

Certo dia, Expedito sentiu um mal-estar repentino, com dores nas costas e um cansaço insistente. Foi ao médico, doutor Zezito Sérgio, e este recomendou que fizesse exames urgentes, pois achava que era algo relacionado ao coração. Naquele tempo a medicina, em Princesa, era incipiente e qualquer tipo de procedimento mais acurado teria de ser feito nas grandes cidades. Preocupado com a doença do amigo, Zé Carneiro se ofereceu para acompanhá-lo ao Recife, oferecendo-lhe como arrancho o apartamento de suas filhas. Inicialmente, o barbeiro recusou, mas, diante das insistentes dores e do cansaço que muito o incomodava, resolveu aceitar a proposta do amigo, recolheu suas economias e partiram, os dois, no ônibus da Realeza, para a capital pernambucana.

Chegados ao Recife, os exames de Expedito já estavam marcados pelas filhas de Carneiro. Após os procedimentos laboratoriais, o barbeiro já começou a se sentir melhor. Foi a um médico cardiologista que lhe receitou alguns remédios e logo apresentou substanciais melhoras. Aproveitou a estada naquela cidade para percorrer o comércio e comprar alguns apetrechos de que necessitava em seu ofício; foi à praia, onde se deliciou vendo mulheres de biquíni – algo que nunca tinha visto; visitou algumas igrejas antigas e até tomou algumas cervejas na companhia do compadre. Na véspera de retornarem a Princesa, Expedito fez uma proposta a Zé Carneiro: “Compadre, vamos visitar um cabaré?”

O marido de Tertú não se fez de rogado nem pensou duas vezes e aceitou o convite. Para tanto, resolveram sair cedo da noite em busca do prazer. Para justificar às filhas sua saída àquelas horas, Carneiro informou que iria dar um passeio na orla marítima e que voltaria cedo. As meninas estudavam à noite e só voltavam tarde. Deixaram a chave do apartamento com a vizinha para quem chegasse primeiro. Na rua, Expedito e Carneiro tomaram um táxi e pediram ao motorista que os levasse ao cabaré mais bacana do Recife. Dinheiro não era problema. Depois de quinze minutos de viagem, o táxi parou em frente a um prédio, todo iluminado, com uma placa, também luminosa, com a inscrição: “Café Concerto”, ao que o barbeiro perguntou ao taxista: “Mas, isso aqui é um cabaré?” “Muito mais do que isso, senhor. Aí vocês vão encontrar tudo o que querem”, respondeu, rindo, o motorista. Extasiado, Expedito pensou: “Hoje, eu faço cabelo, barba e bigode!”

Adentraram ao local e, já no saguão da Casa de Diversões, ficaram deslumbrados com o ambiente de luzes; subiram os degraus que davam para o andar de cima e se depararam com um grande salão onde já foram vendo mulheres seminuas e perfumadas, mesas bem forradas e, ao fundo, um grande palco onde, imaginaram deveria acontecer a apresentação de danças com mulheres nuas. Escolheram uma mesa a meia distância do palco, sentaram-se, e logo um garçom, muito solícito, lhes entregou um papel contido dos itens servidos por aquela Casa. Pediram uísque e alguns petiscos ao mesmo tempo em que o barbeiro perguntou ao garçom: “Que horas começa a festa?” O rapaz riu e disse: “Dentro de meia hora”. Ficaram os dois a conversar, matando o tempo, quando se aproximaram duas moças e perguntaram se podiam sentar à mesa deles. Zé Carneiro anuiu com a cabeça e, Expedito já foi perguntando o que elas desejavam beber. As duas indicaram suas preferências no que logo, o garçom, lhes serviu.

Tomadas quatro doses de uísque e em animada conversa com as raparigas, os dois homens viram abrirem-se as cortinas do palco. No centro daquele tablado, ao lado de um polidance – uma barra vertical onde as dançarinas faziam suas ginásticas -, um homem vestido num fraque e com o pescoço envolvido por uma gravata borboleta, de microfone à mão, anunciou: “Distinto público, boa noite! A partir de agora, teremos o maior espetáculo de sensualidade, apresentado por nossas vedetes, uma especialidade do ‘Café Concerto’. Fiquem à vontade e bom proveito!” Sob aplausos, o apresentador se retirou e logo entraram duas moças em trajes menores, ao som de contagiante música e envoltas em uma fumaça densa, começaram a dançar e a subir no polidance em piruetas perfeitas, as mais sensuais possíveis. Após a dança, para deleite de todos, as quengas começaram a tirar as exíguas peças de roupas que jogavam sobre as mesas dos clientes. Uma dessas peças, um “cordão cheiroso” foi parar na mesa dos princesenses. Mais que depressa o barbeiro guardou-a num dos bolsos de suas calças, o que, certamente, lhe seria de grande e prazerosa serventia quando retornasse a Princesa.

Essa foi apenas a apresentação inicial. Em seguida, entrou no palco mais uma moça com apenas um tampão no órgão sexual e, em rebolado frenético, logo subiu no polidance como se fora num trapézio, a fazer malabarismo com o corpo nu em evoluções que arrancavam gritos, palmas e assovios dos circunstantes. Era intensa a fumaça que envolvia a vedete. Mesmo assim, excelente observador que era, Expedito bateu no ombro de Carneiro e disse: “Compadre, repara uma coisa: tu tás conhecendo essa moça?” Zé Carneiro pôs acuidade no olhar, observou por alguns segundos e, pasmo, virou-se para Expedito e disse: “É Fátima minha!” E, num impulso partiu para o palco, no que foi contido pelos seguranças. Diante do tumulto que se instalou, a vedete viu de quem se tratava e correu em disparada saindo do palco e adentrando ao camarim. Acabrunhado pelo acontecido e amparado pelo compadre, Zé Carneiro deixou o local e foi direto para a rodoviária esperar a realeza que partiria logo cedo para Princesa. Para o marido de Tertú, essa foi a dança fatal!



   

 

sábado, 30 de dezembro de 2023

SABÁTICAS

. Neste Ano Letivo, mais uma vez, nas Escolas da Rede Municipal de Ensino, nenhum aluno foi reprovado. Mesmo sem saber ler nem escrever, todos estão aptos a passar de ano. Enquanto isso, os professores que reprovarem, levam pau.

. Falar em Educação, o IDEB de “excelência” de Princesa não resiste a um simples ditado de palavras com alunos do ensino básico. Mesmo assim, o prefeito e a secretária de Educação receberam prêmio em solenidade recente.

. Quando eu era prefeito, recebi muitas cantadas para receber prêmios como o melhor prefeito. Alguns deles com solenidades marcadas para serem realizadas em Fortaleza, Recife, etc. Nunca aceitei, mesmo porque, tinha de pagar uma “taxinha” que não era muito barata.

. O “Natal Mágico” de São José de Princesa está causando espécie. A prefeitura de Princesa nunca havia promovido festa natalina. Neste ano, o prefeito se vestiu de Papai Noel, dançou, distribuiu pipoca, fez o diabo para chamar a atenção. A matuta tá embebedando gente.

. Falar em Nascimento, ele disse no rádio que tem pesquisa de opinião sobre as preferências para as eleições do próximo ano, que colocam o candidato que será indicado por ele em primeiríssimo lugar. Essa pesquisa deve ter sido feita numa laje por ocasião de alguma confraternização de Natal.

. Enquanto isso, uma fonte me confidenciou que o prefeito de Princesa disse, numa reunião, que a eleição do ano que vem será duríssima. Quando ele diz isso...

. Nessa semana de festas, não foi somente o CAPS da prefeitura de Princesa que ficou sem água. O Hospital Regional também sofreu desse mal. Ainda bem que temos a Adutora do Pajeú com água do São Francisco.

. Em se falando do que é público, de tudo vimos nesse ano que se finda. Desde álcool, droga, sexo e rock’n roll; cheques voadores; vacas loucas; salários atrasados; sessões itinerantes em única edição; irregularidades apontadas pelo TCE/PB e, como resultado disso: pesquisas dando a Matuta na frente...

. Mudando de assunto. A diretora do Instituto de Previdência Municipal está em maus lençóis. Pelo que declarou o TCE/PB, ela vai ter de responder, talvez, pelo que não fez. Galinha que acompanha pato, morre afogada.

. O novo vigário da paróquia de Nossa Senhora do Bom Conselho reavivou a festa da Padroeira. Tudo mostra que esse padre é mesmo um cura d’almas, mais preocupado com os fiéis, mas também com as festas que bamburram os cofres sagrados.

. Falar em vigário, a disputa do Pastoril das coroas rendeu um dinheirinho gordo para a Igreja. A peleja do cordão azul, patrocinado pelo prefeito, contra o cordão encarnado, dos simpatizantes de Rúbia, movimentou a última quarta-feira (27). Sabido, o vigário não permitiu que apurassem as urnas do dinheiro. Todo mundo ganhou, inclusive o padre.

. Estas são as últimas sabáticas do ano e acredito merecer que façamos uma reflexão. Um ano de calamidades: duas guerras (Rússia x Ucrânia e Gaza x Israel); enchentes e inundações e outros desastres. Enquanto milhões de pessoas morrem de fome na África, as grandes potências despacham milhões de dólares para financiar guerras. Que o próximo ano seja melhor e mais consciencioso.

. Os abraços de hoje, vão para: Floro José, Dehon e Andrea Mariano, Eliete Muniz, Manezim da Carroça, Estela Silva, Ozeane Lopes, Iara Alves, Gilcinea Nunes, Cilma Dias, Tião Bezerra e Lucinha, Flora Diniz, Edivânio Dias, Cícero Arruda, Edilva Pinheiro, João Cordeiro, Erivaldo Paiva, Cleide Henriques, Edilma Duarte, Assis Bezerra, Iago Leandro, Francisco Petrônio, Carlos Eugênio, Aldo Lopes, Júlia Maria Andrade, Maísa Alves, Zelma Souza, doutor Damião e Alexandre Maia.



Histórias e Estórias engraçadas de Princesa

 

Histórias e Estórias engraçadas de Princesa

João Fernandes, a mulher, o feijão e a macaxeira

João Fernandes, membro de família importante de Princesa, era pobre, honrado, religioso e muito trabalhador. Cuidava da lide rural e também do comércio onde negociava os produtos que cultivava no campo. Era também funcionário público aposentado e, para não ficar parado, resolveu abrir um pequeno negócio onde vendia feijão, milho, frutas e outros produtos da agricultura.

Bem humorado, João Fernandes, adorava brincar com as pessoas, em tiradas engraçadas. Certa vez, vendeu a uma mulher - que era freguesa de sua banca - alguns quilos de feijão e algumas macaxeiras. Na semana seguinte a mulher retornou ao seu ponto comercial e foi logo fazendo a seguinte reclamação: “Seu João, eu sou sua freguesa há tanto tempo e o senhor quis me enrolar homi, porque me vendeu um feijão furado?!”

Espantado, pois tinha a fama de vender produtos de qualidade, João Fernandes perguntou: “E a macaxeira?” Ao que a freguesa respondeu: “Ah! A macaxeira tava bem molinha”. João retrucou: “Tá vendo que eu não sou enrolão? Eu teria lhe enganado se eu tivesse lhe passado uma macaxeira dura. O feijão tá certo que é velho e é furado mesmo. Errado seria se a macaxeira do velho estivesse dura”.



 

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

CAPS de Princesa pede socorro

Ontem (28), depois de verem, veiculada por este Blog, uma matéria denunciando que a geladeira do CAPS Infantil de Princesa, que é administrado pela prefeitura municipal, estava com a geladeira vazia, logo a Assistente Social ali compareceu para tomar as providências. O problema é que a situação é de verdadeiro caos. Uma fonte me informou que na última quarta-feira (27), as crianças não tomaram banho porque não tinha água.

Não bastasse isso, sofrem, pacientes e funcionários com a falta de segurança. Na mesma quarta-feira, a Unidade passou o dia com as portas fechadas porque não tinha vigia para cuidar da segurança. Essa mesma fonte me confidenciou que a Assistente Social está cheia de hematomas por levar pancadas dos pacientes em surto. Tudo isso motivado pela falta de segurança interna.

É mister deste Blog denunciar as coisas erradas da administração do senhor Ricardo Pereira do nascimento, pois, logo que veiculamos uma notícia, eles tomam as providências. Lamentável que o cuidado não seja uma praxe. Isso porque, o bom funcionamento da área de Saúde não interessa a Nascimento, até porque, o que lhe dá prazer é mentir dizendo que tudo está uma maravilha.



PENSAMENTOS DO DIA

 

“Quem ocupa o poder tem metade das pessoas contra si... isso se ele for justo”

PROVÉRBIO ÁRABE

 

“Não dê trela ao desocupado: ele fará de ti a sua ocupação”

PROVÉRBIO ÁRABE

 

“Líder é o que transpira mais que os outros, mas não fica indiferente ao suor dos subordinados.

PROVÉRBIO ÁRABE

 


Senador Efraim Filho se posiciona contrário a Medida Provisória do Governo

No afã de ver prevalecer a lei que desonera as Folhas de Pagamentos de 17 setores produtivos da indústria brasileira, o que foi aprovado por ampla maioria nas duas Casas do Congresso Nacional, o senador Efraim Filho (União Brasil) encaminhou ao Ministério da Fazenda expediente indicando que essa proposta seja conduzida através de um Projeto de Lei e não por MP o que, segundo o senador, vem causando insegurança jurídica no meio empresarial. “A edição dessa Medida Provisória pelo Governo Federal, que contraria uma decisão do Congresso Nacional tomada por ampla maioria, certamente enfrentará resistências”, afirmou o senador Efraim.



Prefeito de Tavares fecha o ano com salários em dia

Fechando seu terceiro ano de mandato, o prefeito de Tavares, José Genildo da Silva, mais conhecido por “Coco de Odálio”, cumpre religiosamente o que transformou numa praxe, num compromisso inalienável que é o pagamento dos salários dos servidores públicos municipais dentro do próprio mês trabalhado. “Mantivemos nosso compromisso, sem atraso de pagamentos, pois prezo pelo respeito e pelo reconhecimento do trabalho realizado”, afirmou o prefeito Coco.



Sergio Moro ladeira abaixo

 

Há bem pouco tempo atrás, o ex-juiz Sergio Moro, sempre que aparecia em público, fosse num teatro, num shopping ou num cinema, era aplaudido de pé. Tido como salvador da Pátria, Moro era ovacionado porque estava comandando investigações judiciais contra a corrupção. Era a operação Lava-jato que levou vários figurões para a cadeia, inclusive o atual presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva.

Passado o tempo, descobriram que o então juiz federal, Sergio Moro, desdourou o cargo quando usou de expedientes escusos, em seus julgamentos, com o intuito de atingir suas metas de ambição pessoal. Primeiro, a serviço da extrema direita, em tempo recorde, botou Lula na cadeia, o que viabilizou a eleição de Jair Messias Bolsonaro. Com a vitória dos conservadores, Moro se ofereceu para ser Ministro da Justiça, mas de olho numa cadeira no Supremo Tribunal Federal.

Mais uma vez, tentando dar uma de moralista, discordou de Bolsonaro quanto à condução da Polícia Federal e pediu demissão com estardalhaço. Tentou ser candidato à presidência da República. Não colou e resolveu ser candidato a senador, pelo Paraná. Pianinho, voltou aos braços de Bolsonaro e, na campanha presidencial pela reeleição, funcionou como um assessor especial do então presidente.

No Senado Federal, o “marreco” – como é chamado pelos seus desafetos, não tem espaço; é um pato fora d’água. Agora, depois de uma denúncia junto ao Tribunal Superior Eleitoral – TSE, impetrada pelo PT e pelo PL, sobre gastos de campanha irregulares, Moro está às voltas buscando se defender para não ser cassado. O problema é que o Ministério Público Eleitoral do Paraná já deu parecer favorável à sua cassação.

Agora, como quem está no meio do mar sem saber nadar, Sergio Moro não conta com o apoio sequer dos chamados bolsonaristas. Está só e mal arrumado. Até o presidente do partido de Bolsonaro (PL), já declarou que a situação do senador Moro é muito difícil. Na política é assim, o jogo é duro e tem cartas marcadas e, quando não se tem articulação, logo vira carta fora do baralho. Igual ao que aconteceu com seu parceiro, Deltan Dallagnol, que já pegou descendo, o ex-juiz, certamente, será cassado pelo conjunto da obra.



quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

O reencontro de Lampião com Antônio Bezerra

Há exatos 100 anos, dois almocreves se reencontraram na então vila de São José, hoje a cidade de São José de Princesa. Fizeram-se amigos quando tangiam burros pelo interior do Nordeste, tiveram uma pequena inrronha - que terminou tudo em paz - e nunca mais se viram. Eram o fazendeiro, Antônio Bezerra e o Rei do Cangaço, Lampião. Essa interessante história, da qual tomei conhecimento na última terça-feira (26) quando visitei o meu amigo Rena, é narrada, em cordel, pelo bisneto de Antônio Bezerra, o nosso conhecido poeta, Erenilson (Rena) Bezerra, o que reproduzimos a seguir:

CONTENDA ENTRE OS

BEZERRAS de São José E OS

FERREIRAS de Vila Bela.

(Autor: Rena Bezerra)

-Poeta e Professor-

Se passou no século XX

Isso que eu vou contar,

Os Bezerras e os Ferreiras

Sempre junto a viajar,

Tangendo seus animais

Pra transportar cereais

Cada qual pra seu lugar.


Eles eram almocreves

Cortando todo o sertão,

Seus burros de grande porte

Pra suportar o rojão,

Viajavam por Campina

Juazeiro, Araripina

Por toda essa região.


Também estava na rota 

Arcoverde e Mossoró,

Da serra do Araripe

Ao vale do Piancó,

Os almocreves passavam

Na rota também cruzavam

Cariri e Moxotó.


De Araripina traziam

Óleo, sabão e farinha,

De Juazeiro tecidos

Produtos de toda linha,

Arroz lá do Piancó

E o sal de Mossoró

Pra não faltar na cozinha.


De Campina Grande vinha

Café e cachaça boa,

Os móveis pra toda a casa

Para agradar a patroa,

E também outros produtos

Que vinha La dos redutos

Da capital João Pessoa.


Das bandas de Arcoverde

Traziam roupas, calçados,

Equipamentos agrícolas

Para tocar os roçados,

Traziam medicamentos

Munição e armamentos

Para os acautelados.


E na rota dos tangentes

Tinha os pontos de apoio,

Onde iam descansar

Fazer toada e aboio,

Depois iam almoçar

Bater papo, se esticar

E abastecer o comboio.


Mas numa viagem dessas

Entre quinze e dezessete,

Um irmão de Virgulino

Querendo fazer manchete,

Numa discussão banal

Pensou ele que era o tal

E matar outro promete.


Começou uma questão

Iniciou-se uma marola,

Esse irmão de Virgulino

Querendo ir pra degola,

Levou à mão a altura

De seu quadril, da cintura

Pra puxar uma pistola.


Sem sentir nenhum pavor

Os Bezerras se encostaram,

No cabo de suas pistolas

As suas mãos colocaram,

Para enfrentar o combate

E praquele disparate

Os mesmos se prepararam.


Mas por parte dos Bezerras

Tinha o velho patriarca,

Antônio Bezerra Leite

Um fazendeiro de Marca

Maior que deu nessa terra

E temendo haver uma guerra

A sua paz desembarca.


Ele falou pelos os seus

Filhos e os empregados,

Que eles não iam brigar

Nem ser desmoralizados,

E por todos me atender

Aqui ninguém vai morrer

Fiquem todos sossegados.


Também pelo outro lado

Temendo uma bagaceira,

Teve outra intervenção

Por Virgulino Ferreira,

Que sem portar nada em mãos

Botou ordem nos irmãos

Acalmando a cabroeira.


Os brigões se acalmaram

Cada qual pra seu lugar,

Seguiram outros caminhos

Sem parar de viajar,

Mas nunca mais nas estradas

Veredas, encruzilhadas

Vieram mais se encontrar.


Os Bezerras continuaram

No seu velho São José,

No sertão da Paraíba

Encostado bem no pé,

Da serra do Salgadinho

Onde se avista o Brejinho

O seu querido sopé.


Virgulino onde morava

Teve uma queda de braço,

Nas terras de Vila Bela

Foi grande o estardalhaço,

Uma briga de fronteira

Fez Virgulino Ferreira

Enveredar no cangaço.


Foi com José Saturnino

Que ele se desentendeu,

Era vizinho de terras

E por aí foi que deu,

Combates por várias vezes

Por causa de umas rezes

Que La desapareceu.


Mas foi mesmo em vinte e um

Do século mencionado,

Que Lampião de uma vez

Se mostrava revoltado,

E pro cangaço ele vai

Com a morte de seu pai

Pela polícia do estado.


Daí pra frente o almocreve

Saía da profissão,

A sua tropa de burros

Trocou pelo mosquetão,

Bandoleiro destemido

Passando a ser conhecido

Por nome de Lampião.


O ano já era outro

Mil novecentos e vinte e três,

Lampião já no cangaço

Ganhava fama de vez,

Andava todo o sertão

E numa dessa ocasião

Vejam só o que ele fez:


Pras bandas de São José

Lampião sempre rondava,

Fazia parte da rota

Em que ele sempre andava,

La em Patos de irerê

Ele vinha se esconder

Marcolino lhe acoitava.


E numa passagem dessas

Ele procurou saber,

Onde morava Antônio Bezerra

Pois iria lhe fazer,

Visita de cortesia

E justo numa tarde fria

Tudo veio acontecer.


São José estava em festa

De Maria Imaculada,

Era oito de dezembro

Tava sendo festejada,

A nossa mãe milagreira

Que também é padroeira

Da nossa terrinha amada.


Toda a comunidade

Tava na celebração,

Já era final de tarde

Terminava a procissão,

E os filhos do patriarca

Que o catolicismo abarca

Rezavam em adoração.


Nisso foi que Lampião

Apareceu bem ligeiro,

E pro Alto dos Bezerras

Partiu destino certeiro,

Com a tropa do cangaço

Chegou fazendo arregaço

E se apossou do terreiro.


Nisso o velho patriarca

Foi saindo na calçada,

Do seu belo casarão

Que ficava assim virada,

Pra São José bem em frente

Quando se viu de repente

Com a sua casa tomada.


Lampião se dirigiu

Que queria conversar,

E os cangaceiros ficassem

No terreiro a lhe esperar,

Quando Antônio Bezerra disse

Pedindo que ele subisse

Os batentes do seu lar.


Sem tremer nem gaguejar

Antônio Bezerra procurou,

Se ele veio resolver

Um assunto que ficou,

Há muitos anos atrás

Pendente e que jamais

Ninguém enfim se explicou.


Se veio a isso o senhor

Aqui não vai encontrar,

Meus filhos não estão em casa

Eles foram festejar,

A festa da padroeira

Visto que dessa maneira

Por aqui não vão estar.


Mas se veio pra acertar

Aquela velha contenda,

Se for maltratar meus filhos,

Prefiro que me ofenda,

Porque prefiro morrer

Ao ver um filho sofrer

Levando uma reprimenda.


Lampião olhou com encanto

Praquela nobre figura,

Dizendo, meu valho amigo

Gostei da sua lisura,

Honrando a sua camisa

É gente assim que precisa

Para um sertão de bravura.


Só vim aqui desfazer

As histórias mal contadas,

Saber como andam as coisas

Se ainda está nas estradas,

Só vim rever o amigo

Dos caminhos de perigo

Das rotas empoeiradas.


Nisso logo se acabou

O que estava em questão,

Aquela velha contenda

Morreu na ocasião,

Os dois ali se fitaram

Chegaram junto e selaram

A paz com um aperto de mão.


Assim sendo terminou

A cisma do velho pai,

Antônio Bezerra Leite

O patriarca que vai,

Ficar por todos lembrado

Pela bravura e legado

Que aqui deixou e não sai.


Essa história é verdadeira

Não precisa ter espanto,

Lampião esteve La

No Alto por todo canto,

Quem contou era de marca

Um neto do patriarca

Chamado “Joaquim de Santo”.


Joaquim Bezerra Leite

O seu nome verdadeiro,

Filho de Santo Bezerra

Que era grande fazendeiro,

Nisso mostra a autenticidade

E toda veracidade

Desse velho timoneiro.


E o velho “Santo” chamava-se

Pelo batismo Luís,

Um fazendeiro de porte

Que a própria história diz,

Ta nos anais registrada

De São José a Serra Talhada

Ele fincou sua raiz.


Mas aí é outra história

Que outro dia vou contar,

Com o primo Charles Bezerra

Esse parceiro exemplar,

Que tem a história guardada

Bem certinha registrada

Pra não deixar se acabar.




O relativo sentimento de Natal

Em Princesa, enquanto o senhor prefeito, Ricardo Pereira do Nascimento, se veste de Papai Noel, dança no picadeiro e distribui presentes para as crianças - algo que nunca fez nesses 7 anos de mandato -, os pacientes do CAPS infantil não têm sequer o que comer: a geladeira daquela Unidade está completamente vazia. A denúncia foi feita por uma fonte fidedigna e eu reproduzo aqui para que providências urgentes sejam tomadas, para que, aqueles que ali estão, em tratamento, não passem o Ano Novo com fome.



quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

São José de Princesa fazendo jus à sua História

A História do município de São José de Princesa remonta a mais de 200 anos. Aquela aglomeração urbana é muito mais velha do que Princesa, se equiparando, em idade, a Patos de Irerê e a Belém, povoado do município de Tavares. Os primeiros registros sobre a História de São José dão conta de que, em 08 de dezembro de 1801, uma missão de frades franciscanos portugueses ali aportou com uma imagem de Nossa Senhora da Conceição para ser a Padroeira do lugar. À época, o arruado era chamado de Ibiaquiara, um termo tupi-guarani que quer dizer: “descanso do peixe”.

Em 1822, ano da Independência do Brasil, o padre Marçal trouxe para aquele Povoado, uma imagem de São José para comemorar a inauguração da reforma da Capela do lugar que, a partir daí, passou a se chamar São José. Nesse tempo, as famílias, Ferreira da Luz e Bezerra já estavam instaladas no Povoado. Foram esses troncos familiares os responsáveis pelo povoamento e pela formação das famílias hoje ali existentes. Em face desse contexto, observamos que, em que pese a emancipação política só haver acontecido em 1994, aquela pequenina cidade já conta com mais de 200 anos de fundação.

Fazendo jus à sua História, o município de São José de Princesa vem sendo o protagonista número um das manifestações turísticas nessa região da Serra do Teixeira. Primeiro com a realização do “Natal Mágico” que já está em sua 3ª edição; e também com o “São João Matuteiro” que teve sua estreia ano passado. Essa iniciativa cultural ajuda a divulgar o município realçando a sua remota história e incentivando o turismo de toda a nossa região. De parabéns a prefeitura municipal e todos os que contribuem para o sucesso desses eventos. Com o intuito de ilustrar essas informações, reproduzimos, a seguir, o “Histórico de São José de Princesa em Cordel”, pelo professor Luizão:

 

                   01

PARA TODO PÚBLICO LEITOR,

E PARA TODA NOSSA GENTE.

ESCREVI ESSE IMPORTANTE CORDEL,

COM UM OBJETIVO SIMPLESMENTE.

DE PARA TODOS VOCÊS RELATAR,

COMO COMEÇOU O NOSSO LUGAR,

E COMO ESTÁ ATUALMENTE.

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VOU COMEÇAR ESSE RELATO,

FALANDO DE UMA ÉPOCA PASSADA;

DE UMA HISTÓRIA TÃO BONITA,

E COMO ELA FOI COMEÇADA.

DE QUEM PRIMEIRO AQUI PISOU,

E DE QUEM DE FATO DEIXOU,

A NOSSA TERRA HABITADA.

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EM MIL OITOCENTOS E UM,

CHEGARAM DOIS FORASTEIROS,

DOIS IRMÃOS AGRICULTORES,

NA VERDADE DOIS GUERREIROS;

E O FATO MAIS IMPORTANTE,

É QUE EM TERMOS DE HABITANTES,

ELES DOIS FORAM OS PRIMEIROS.

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UM SE CHAMAVA FELIX FERREIRA DA LUZ,

DO OUTRO NÃO EXISTE A IDENTIFICAÇÃO.

NÃO SE SABE O VERDADEIRO MOTIVO,

DA CIRCUSTÂNCIA NEM DA RAZÃO.

DE ATÉ HOJE NINGUÉM SABER,

NEM A PRÓPRIA HISTÓRIA DIZER,

O NOME DO OUTRO IRMÃO.

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ESCOLHERAM O PÉ DA SERRA,

E LÁ CONSTRUIRAM SUAS MORADAS;

RANCHOS HUMILDES E SIMPLES,

TIPO CASAS IMPROVISADAS.

PRÓXIMOS A UMA FONTE NASCENTE,

DE ÁGUA DOCE E PERMANENTE,

QUE ATÉ HOJE É UTILIZADA.

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DERAM O NOME A ESSA FONTE,

DE OLHO DÁGUA OU OIDÁGUINHA;

BATIZARAM TAMBÉM O SITIO,

QUE NOME AINDA NÃO TINHA.

E PARA SEMPRE FICOU BATIZADO,

E LEGALMENTE REGISTRADO,

COMO O SITIO LAGOINHA.

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COMEÇARAM A EXPLORAR A TERRA,

QUANDO APARECERAM TRÊS IRMÃOS;

DESCENDENTES DA FAMILIA BEZERRA,

ERAM: JOSÉ, ANTONIO E JOÃO,

DAÍ OS DOIS IRMÃOS FERREIRA,

COM DUAS JOVENS BEZERRA,

FIZERAM A UNIÃO.

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É UMA HISTÓRIA ROMÁNTICA,

BONITA E VERDADEIRA;

DOS DOIS JOVENS CASAIS,

DAS FAMILIAS BEZERRA E FERREIRA.

QUE POR AMOR SE UNIRAM,

E DESSES CASAMENTOS SURGIRAM,

AS FAMILIAS LOPES E SIQUEIRA.

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EM MIL OITOCENTOS E VINTE E DOIS,

O LUGAR JÁ ESTAVA EM EVOLUÇAÕ;

JÁ TINHA COMÉRCIO, LOJAS E CARTÓRIO,

ATENDENDO A POPULAÇÃO.

E DA PARTE FINANCEIRA,

AS FAMILIAS BEZERRA E FERREIRA,

FAZIAM A NEGOCIAÇÃO.

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TAMBÉM JÁ EXISTIA UMA CAPELA,

E O CATOLICISMO ERA A RELIGIÃO.

ERA O ÚNICO TEMPLO EXISTENTE,

SÓ TINHA ESSA DENOMINAÇÃO.

POR ISSO MANDARAM O PADRE MARÇAL,

POR MEIO DE UM DECRETO LEGAL,

FAZER A INAUGURAÇAO.

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CONSIGO TRAZIA UMA IMAGEM,

TAMBÉM A ESPERANÇA E A FÉ.

A IMAGEM DO PAI DE JESUS CRISTO,

E ESPOSO DE MARIA DE NAZARÉ.

E PARA ESSE SANTO HOMENAGIAR,

O PADRE DEU A ESSE LUGAR,

O NOME DE SÃO JOSÉ.

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COM QUASE DOIS SÉCULOS DEPOIS,

APARECEU UM OTIMISTA SONHADOR.

O BRAVO JOSÉ FERREIRA LOPES (DUDU),

QUE EM SEU SONHO ACREDITOU.

SÓ ELE VIA A POSSIBILIDADE,

DE SÃO JOSÉ SER CIDADE,

E POR ESSA CAUSA LUTOU.

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INVESTIU TUDO QUE TINHA,

SEM PENSAR EM DESITIR.

DEPOIS DE ANOS TENTANDO,

SE JUNTOU A BENNAMI.

QUE BUROCRÁTICAMENTE O AJUDOU,

E O INCASÁVEL SONHADOR,

LUTOU ATÉ CONSEGUIR.

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SÃO JOSÉ PREENCHIA OS REQUISITOS,

POR SER BEM DOCUMENTADO.

JÁ TINHA SIDO UM DESERTO,

MAS NO MOMETO ERA HABITADO.

FOI POVOADO, VILA E DISTRITO,

E EM 94 ATRAVÊS DE UM PLEBISCITO,

FOI PELO O POVO EMANCIPADO.

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POR LEI SEU NOME FOI AMPLIADO,

MAS ISSO NÃO FOI SURPRESA.

POIS TER O SOBRENOME DA MÃE,

ERA QUASE UMA CERTEZA.

NINGUÉM O NOME QUESTIONOU,

SIMPLESMENTE O POVO ACEITOU,

POR SÃO JOSÉ DE PRINCESA.

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EM 01 DE JANEIRO DE 97,

FOI A SUA INSTALAÇÃO.

COM VEREADORES E PREFEITO,

E A SUA PRIMEIRA GESTÃO.

ALI NASCIA UMA NOVA CIDADE,

TRAZENDO A LIBERDADE,

E A ESPERANÇA DA NAÇÃO.

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COM O TEMPO FOI EVOLUINDO,

E TUDO FOI MUDANDO PARA MELHOR,

COM PREFEITURA E CAMÂRA MUNICPAL,

EMPREGO E ESTÁDIO DE FUTEBOL.

UMA QUADRA POLISPORTIVA,

ONDE OS ATLETAS NA ATIVA,

JOGAM FUTSAL E VOLEIBOL.

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ENSINO MUNICIPAL DE QUALIDADE,

COM PROFESSORES BRILHANTES.

PSF COM MÉDICOS ATENDENDO,

E PRAÇAS ACONCHEGANTES.

TAMBÉM UMA ESCOLA ESTADUAL,

OFERECENDO ENSINO INTEGRAL,

PARA TODOS OS ESTUDANTES.

                            19

TEM ALUNOS EM DIVERSAS ÁREAS,

NAS UNIVESIDADES ESTUDANDO.

OUTROS JÁ TERMINARAM,

ALGUNS JÁ ESTÃO TRABALHANDO.

É O RETRATO DE SÃO JOSÉ DE PRINCESA,

PROVANDO QUE COM CERTEZA,

O MUNICIPIO TÁ AVANÇANDO.

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NA SAÚDE SE DESTACA,

POR OFERECER TODA ASSISTÊNCIA.

COM PROFISSIONAIS HABILITADOS,

DE RESPONSABILIDADE E COMPETÊNCIA.

CUIDANDO BEM DA POPULAÇÃO,

E AMBULÂNCIA A DISPOSIÇÃO,

EM CASOS DE EMERGÊNCIA.

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JÁ TEVE O MAIOR CARNAVAL,

QUE DE TODOS CHAMAVA ATENÇÃO.

MAS QUE PELA A OPINIÃO POPULAR,

FOI SUBSTITUIDO PELO O SÃO JOÃO;

QUE DURA O MÊS INTEIRO,

É O SÃO JOÃO MATUTEIRO,

O MELHOR DA REGIÃO.

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TODO ANO NO MÊS DE AGOSTO,

MAIS UMA ATRAÇÃO É PROGRAMADA.

É UMA LONGA COMPETIÇÃO,

POR VAQUEIROS DISPUTADA.

ONDE A TORCIDA ASSISTE FELIZ,

NO PARQUE MARIA DINIZ,

O CIRCUITO DE VAQUEJADA.

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EM DEZEMBRO TEM A FESTA DA IMACULADA,

E A DE MARIA NO MÊS MARIANO.

TODAS DA IGREJA CATÓLICA,

QUE TEM SEDE NO VATICANO.

OUTRO EVENTO RELIGIOSO FANTÁSTICO,

É O ATRATIVO NATAL MÁGICO,

REALIZADO NO FIM DO ANO.

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TEM O COMBATE E O CANGAÇO

MARCADOS NESSE SEU CHÃO.

ONDE CADA HISTÓRIADOR,

CONTA A MESMA VERSÃO.

MAS O MAIOR DE TODOS OS FATOS,

É QUE EM SÃO JOSÉ FICA O PALCO,

ONDE HOUVE A REVOLUÇÃO.

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É DONA DO SEGUNDO SOLO MAIS FÉRTIL,

NO BRASIL SÓ PERDE PARA O PARANÁ.

CONTÉM UMA RIQUISSIMA CULTURA,

PARA TODOS RECONHECER E VALORIZAR.

POIS A CULTURA PARA NÃO MORRER,

TUDO O QUE SE DEVE FAZER,

É NÃO DEIXAR DE CULTIVAR.

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NOSSA CIDADE FOI PROJETADA,

PARA SER SOBRE TUDO BELA.

FOI E É SEMPRE BEM CUIDADA,

COMO UMA LINDA DONZELA.

COM O SEU ENCANTO, ENCANTA,

A QUEM OS SEUS PÉS PLANTA,

TOCANDO NO SOLO DELA.

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DE SUAS RIQUEZAS NATURAIS,

PROPORCIONALMENTE FALANDO.

TEM O AR MAIS SADIO E PURO,

E BENÉFICO PARA O SER HUMANO.

SÓ PODEMOS NOS ORGULHAR DELA,

POIS É A MAIS VERDE E BELA,

DO SERTÃO PARAIBANO.

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ESSE HISTÓRICO É UMA RELIQUIA,

PARA NÓS É UMA RIQUEZA.

A NOSSA HISTÓRIA NOS ORGULHA,

PELO O TAMANHO DE SUA GRANDEZA.

SOMOS UM POVO DE FÉ E VENCEDOR,

E QUE TEMOS MUITO AMOR,

POR SÃO JOSÉ DE PRINCESA.

 


PENSAMENTOS DO DIA


 

“Ames a verdade mesmo que ela te magoe, e odeies a mentira mesmo que ela te agrade”

PROVÉRBIO ÁRABE

 

“Alimentes teu cão e ele guardará tua casa; faze jejuar teu gato e ele te comerá os ratos”

PROVÉRBIO ÁRABE

 

“Com a mentira se consegue o almoça, mas não o jantar”

PROVÉRBIO ÁRABE

 


Tribunal de Contas detecta irregularidades no Instituto de Previdência de Princesa envolvendo mais de R$ 14 milhões

Das duas uma; ou o prefeito de Princesa, o senhor Ricardo Pereira do Nascimento, está fazendo seus pronunciamentos radiofônicos sem combinar com seus auxiliares ou, por outra, está mentido. Pelo que todos nós conhecemos, a segunda assertiva deve ser a verdadeira. Boquirroto, o alcaide não perde oportunidade de chamar os prefeitos que o antecederam de bandidos qualificados, nos quais põe a culpa de todas as mazelas de sua desastrada administração e de dizer que a Previdência Municipal é uma maravilha de organização. Essa nova denúncia do TCE/PB atesta que Nascimento mente.

Como sempre, Nascimento esconde o gato, mas deixa o rabo de fora. Agora, o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba dá um prazo de 15 dias para que a gestora do IPM se pronuncie sobre irregularidades naquele Instituto, que envolvem mais de R$ 14 milhões. Se a gestora, dona Rejane Maria dos Santos, tiver, realmente, conhecimento dessas falcatruas, é conivente com o alcaide. Se não, pegou num fio descascado por ter confiado nele. Todos sabem que Nascimento faz todo tipo de maquilagem para que suas contas pareçam corretas, mas esquece de tapar alguns buracos por onde sai a fedentina.

Além da irregularidade maior, que orça em R$ 14 milhões, tem outras de menor monta envolvendo outros valores e isso se refere apenas ao exercício de 2019. Em face desse alerta do TCE/PB, faz-se necessário que o prefeito tire a touca de Papai Noel, use as redes sociais e a Rádio Princesa FM para prestar uma explicação plausível ao distinto público. Não se sabe o que dirá, afinal, para sustentar suas muitas mentiras, outras tantas têm de ser fabricadas. O acumulado de irregularidades promovido por Nascimento denota que o alcaide é muito “direito” e muito “honesto”. E pensar que isso é apenas a ponta do iceberg...