Numa das primeiras entrevistas concedidas pelo prefeito-eleito de Princesa, Ednaldo Melo, mais conhecido por "Garrancho" este, na qualidade de criatura, classificou seu criador, o atual prefeito da cidade, Ricardo Pereira do Nascimento, como um gênio. Sem dúvida uma palavra bonita, elogiosa, mas sem conteúdo definitivo, pois, a palavra "gênio" tem vários significados. Tanto pode referir-se a uma pessoa de distinta capacidade mental, quanto pode ser também referência a uma pessoa de temperamento irascível ou até uma entidade mitológica, imaterial, que possui poderes sobrenaturais.
Pois bem, é inegável o talento político do prefeito Nascimento e, a sua criatura política tem toda razão em nominá-lo de gênio porque foi o criador que lhe concedeu - em meio a várias - a possibilidade de o alçar ao cargo tão elevado que ocupará a partir do próximo ano. Nominando Nascimento de gênio, Garrancho lhe atribui capacidade e intelecto de primeira grandeza. No entanto, esquecem todos (de) que, o gênio, só funciona com a lâmpada e, quando a entidade sai dela, fica difícil seu retorno. E, sem lâmpada, o gênio fica impossibilitado de atender aos pedidos dos que o cercam.
Nesse caso, a lâmpada se traduz na caneta e na tinta; na chave do cofre e no poder de determinar. Desprovido disso, gênio algum consegue construir situação qualquer e, nesse mundo folclórico das entidades imateriais com poderes sobrenaturais, o "gênio" sem lâmpada, deixa de ser um Midas para se parecer mais com um "Saci Pererê" . Perde, portanto, a capacidade de exercer influência sobre os seres humanos. Desocupada a lâmpada pelo criador, a criatura se aboleta nela e, repito, difícil é o gênio voltar para a lâmpada.