ODE

sexta-feira, 30 de abril de 2021

PENSAMENTOS DO DIA

 




"Pode-se vir da mesma cepa, mas o molde do caráter é diferente".

V. Bamsf


"O tilintar do vil metal avilta a dignidade dos fracos de caráter”.

Nicolau Maquiavel


"A palavra homem deve ser escrita com letras garrafais, mas quando se misturam os que se dizem homens com o resto dos homens, a grafia deve ser em minúsculo"

V. Bamsf

CARTA ABERTA AO DOUTOR WAGNER LEITE

 


Caríssimo doutor,

Na verdade, esse assunto da ambulância já deveria estar esgotado. Lamentável que suas escusas, a respeito desse caso, estejam sendo feitas de forma recôndita e não muito públicas. Seria de bom alvitre que o senhor o fizesse como eu, para todo mundo saber. Na verdade, a crítica veiculada por este Blog, foi feita com base em depoimentos de servidores dos órgãos de saúde envolvidos e de pessoas que presenciaram o acontecido. É claro que, atendendo determinação do poderoso gauleiter, isso será judicializado para que eu responda, perante as autoridades, pelo atrevimento de dar conhecimento à população da caótica situação dos nossos serviços de saúde. Ninguém mais do que o senhor, sabe que de nada ou pouco serve esse Hospital Regional. Senão, vejamos: mulheres estão parindo (de parto normal) nas estradas que levam a Patos, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, etc.; pacientes acometidos da Covid-19 - em que pese termos aqui vários respiradores inaugurados com estardalhaço -, são sempre encaminhados para outros centros; testes para detecção da Cavid-19 somente são feitos em pacientes mortos, dentre outras deficiências. O hospital que o senhor dirige é falto de um monte de coisas necessárias ao bom atendimento. Entendo o seu afã em contestar a crítica que fiz quanto à negativa de uma ambulância para transportar o ex-vereador Chota de Princesa para Patos. O senhor está no seu papel. Na qualidade de servidor comissionado, detentor de importante cargo advindo da complacente bondade do senhor prefeito, somado à sua estreita relação negocial que com ele tem, é seu dever, sim, defender o indefensável. Aliás, essa usualidade de negar ambulância é uma contumaz prática de Nascimento. Ainda quando era ele, Secretário Municipal de Saúde, quis impedir que uma ambulância do SAMU, transportasse, ninguém menos do que o ex-deputado (já falecido), Aloysio Pereira, de Princesa para Serra Talhada, o que somente aconteceu por interveniência direta do então prefeito, Thiago Pereira. Caro doutor, contra fatos não há argumentos. Encerremos essa querela, dê-se por satisfeito pelo bem-estar do paciente, torça pela sua recuperação e, como bem disse Vossa Senhoria, se não és diretor do SAMU, estás isento de culpa. Dou-te um conselho: não chames para ti o dever de defender o fraudador de licitações. Vá cuidar de seus pacientes, eles têm mais futuro.


DSMR, em 30 de abril de 2021.

quarta-feira, 28 de abril de 2021

A RESPOSTA DO DOUTOR FAZ PARTE DO JOGO

 




Triste constatar que um médico da qualidade do doutor Wagner Leite, se passe para defender, com unhas e dentes, as demandas irresponsáveis de Nascimento. O doutor Wagner, que acumula as direções do Hospital Regional e do SAMU, num enlinhado que só traz prejuízo ao serviço de saúde do município, tomou as dores do prefeito e respondeu, no meu WhatsApp, sobre o vídeo que fiz protestando quanto à negação da cessão de uma ambulância para transportar o ex-vereador Chota, acometido da Covid-19, de Princesa para Patos. Disse, o doutor, que essa prática é corrente, que o SAMU não tem obrigação de transportar pacientes que não sejam referenciados por aquele órgão de saúde, etc. Ora, não se trata disso, mas sim de uma necessidade urgente de atender a um paciente, seja ele quem for. Num momento desses, a burocracia deve ser relegada ao esquecimento. Prática corriqueira. Na verdade, não foi a primeira vez que a ambulância foi negada para transportar um paciente. Isso tem sido uma praxe. O que causa estranheza, além da defesa do doutor Wagner, que nada tem a ver com a UPA, são os frequentes anúncios do prefeito sobre a aquisição de ambulâncias, doadas através de seus deputados, o que, na verdade, não vem servindo para nada. Quanto ao duplo diretor, seu papel deveria ser o de facilitar - em sintonia com os demais serviços de saúde -, a vida daqueles necessitados de atendimento. Mas, não. O nobre diretor, como se fora um boi-de-piranha, insurge-se como defensor do prefeito. É claro que cumpre o papel a que está designado. Não somente ele, mas todos os que, além de desempenharem suas funções, devem funcionar também como áulicos de Nascimento. Afinal, na volta do prefeito que vai escrever um livro, escreveu não leu, é analfabeto.


DSMR, em 28 de abril de 2021.

terça-feira, 27 de abril de 2021

O NOVO LIVRO

 


Trago hoje uma informação cultural da qual muito me orgulho. Exulto em informar que já está sendo encaminhado ao prelo o meu novo livro. Trata-se desta vez, de um escrito que versa sobre fatos verídicos e violentos, ocorridos no século próximo passado. São cinco histórias tristíssimas sobre crimes que aconteceram em Princesa e que abalarama opinião pública, à época. São fatos de completo dominio público, mas que, ao longo dos anos, foram relegados ao esquecimento.

                             Os crimes

O primeiro, se refere ao assassinato do médico cearense, doutor Ildefonso Augusto de Lacerda Leite. Crime hediondo ocorrido no dia 06 de janeiro de 1902, motivado por ciúmes e inveja, perpetrado por um membro de família tradicional princesense, sob os olhos e as bênçãos das autoridades locais de então. O segundo, aconteceu no dia 24 de dezembro de 1937. Crime passional, um duplo assassinato, quando foi executado um casal de amantes que desobedecia ao Sexto Mandamento da Igreja Católica. A terceira tragédia, aconteceu no dia 18 de novembro de 1961, ocasião em que foram assassinadas três pessoas - também por motivos passionais -, o que acarretou mais dois crimes associados a estes, perpetrados menos de dois meses depois. A quarta desgraça, ocorreu em 16 de agosto de 1971, quando um jovem, desmoralizado publicamente, assassinou seu algoz num clube frequentado pela alta sociedade princesense. Por fim, o quinto e último. Este, não foi somente um crime, mas o extermínio de uma família completa, quando sete pessoas foram barbaramente assassinadas, também por motivos passionais.

                          O lançamento

Esse livro, escrito há mais de quatro anos, somente agora vem a lançamento. Não com o propósito de expor famílias ou pessoas a situações desabonadoras ou constrangedoras, mas para dar conhecimento aos de hoje, de como funcionava o código de honra de antigamente. Informar quão rigorosos eram os valores morais de uma época de passado recente. Rememorar a história é trazer para o conhecimento de todos os comportamentos dos nossos antepassados para que com eles aprendamos e aprimoremos as regras de civilidade. Esse escrito, que inicialmente teria o título: "Crimes que Abalaram Princesa", por sugestão do historiador, Emmanuel Conserva de Arruda, levará o título: "Princesa em Chamas”. Espero, que até o final de junho, façamos o lançamento desse trabalho. Caso a Pandemia tenha arrefecido, poderá ser presencial. Se não, de forma virtual.


DSMR, em 27 de abril de 2021.

GOVERNO IRRESPONSÁVEL, IDOSOS A VER NAVIOS

 



Nada mais cruel do que a falta de sorte coletiva. Quando a coisa é individual, isolada, ainda, ainda. Porém, quando se trata de uma tragédia envolvendo muitas pessoas, isso é muito grave. Principalmente quando se trata da saúde. É o que acontece em vários Estados da Federação. Idosos que receberam a primeira dose da vacina Coronavac, estão agora, na iminência de ter sua imunização sem valia alguma, por falta da aplicação da necessária segunda dose, o que deveria ser feito entre 14 e 28 dias após a primeira dose. Em Princesa, são vários os velhotes que estão nessa situação. Por orientação do então Ministro da saúde, Eduardo Pazuello, os Estados e Municípios usaram todo o estoque de vacinas recebidos, em aplicação da primeira dose, não reservando um lote para a aplicação da segunda dose. Essa irresponsabilidade ministerial (mais uma do incompetente general), está causando sérios transtornos, quando expõe grande parte dos idosos a uma situação que ninguém sabe explicar. E agora? Será que a primeira dose perderá o efeito? Terão os sessentões de tomar mais duas doses? Quando será que chegarão mais vacinas? São perguntas que ninguém se apresenta para responder. O atual Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, simplesmente, que o Ministério que ele comanda está sem condições de proporcionar a aplicação da última dose do imunizante e que, vacinas da Coronavac, deverão chegar somente daqui a 12 dias. Ora, se já temos pessoas com dez dias de atraso, será que o efeito da vacina ainda voga? Além das agruras naturais acarretadas pela iminência do contágio dessa terrível doença, vem agora esse dilema atroz que acomete aqueles que, já felizes por estarem semi- imunizados, estão agora completamente angustiados. Má sorte a nossa de ter, justo agora, nesse momento crucial da história da humanidade, um governo tão irresponsável como esse comandado por um maluco chamado Jair Messias Bolsonaro.


DSMR, em 27 de abril de 2021.

PENSAMENTOS DO DIA

 




"Nada acontece por acidente. Vivemos num mundo predeterminado. A liberdade psicológica é uma quimera. Não há lugar para o “acaso", tanto no mundo mental quanto no físico”.

Jerome Frank


"Quando eu era criança me disseram que qualquer um poderia ser Presidente da República, estou começando a acreditar".

Clarence Seward Darrow


Todos os homens gostam de se apoderar dos bens alheios. É um sentimento universal. Só difere a maneira de fazê-lo".

Alain René Lesage

segunda-feira, 26 de abril de 2021

FRASES FAMOSAS

 


 

“A mais urgente pergunta a ser feita nesta vida é o que fiz hoje pelos outros”,

Martin Luther King

 

“Nunca se esqueça que tudo o que Hitler fez na Alemanha era legal”.

Martin Luther King

 

“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”.

Martin Luther King

TUDO ABERTO DE NOVO E O PERIGO À ESPREITA

 



Desde a última sexta-feira, serviços e comércios considerados não essenciais, foram reabertos em várias cidades do Brasil. Dilema cruel povoa as mentes dos que decidem pela reabertura ou não. Alegria macabra a dos que retornam às atividades. Para os que vendem, a alegria é normal e necessária. Para os usuários - estes os irresponsáveis -, incontidos, abusam da “normalidade” quando aglomeram, dando trabalhos às autoridades e, inconscientemente, como se estivessem somente reconquistando uma liberdade perdida, cavam sua própria sepultura. É certo que os serviços e comércios, a bem da sobrevivência de seus proprietários e da economia, não podem permanecer fechados por muito tempo. É factível também, que a reabertura, poderá causar uma tenebrosa Terceira Onda de contágio do terrível coronavírus. É a velha história: se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come.

Eis o dilema. Resta-nos, a cada um, a responsabilidade do uso da máscara facial; da higienização das mãos e da manutenção da distância correta, uns dos outros. Na qualidade de privilegiado por já ter tomado a 1ª dose da vacina, eu me preocupo, principalmente, com os mais jovens que são, hoje, os novos vulneráveis. Nós, os sessentões, nos precavemos mais porque sempre fomos alertados de que éramos as vítimas preferenciais do vírus. Os mais jovens, não. Estes, tidos como imunes às consequências mais graves da doença, desavisados, estão agora expostos ao contágio e pouco se preocupam com isso. As estatísticas já apontam que o crescimento de internações de jovens, acometidos da Covid-19, vem crescendo assustadoramente. Reabrir é preciso, mas, viver também é preciso. O único remédio agora, já que não temos imunizantes suficientes para todos, é termos responsabilidade.

DSMR, em 26 de abril de 2021.

QUANDO SE QUER ADMINISTRAR PARA TODOS, É NECESSÁRIO DESCER DO PALANQUE

 



Nascimento não ameniza o ódio. Para ele, é um deleite falar mal dos adversários. Denota-se o ódio, quando ele ironiza e debocha daqueles que atacam sua administração. E o faz com o emprego de termos chulos, às vezes, até de baixo calão. Ao invés de responder às críticas que recebe e que são verídicas e constatáveis por todos, desfia, num esgar de voz em falsete, impropérios aos adversários que conseguiu, a peso de ouro, derrotar nas últimas eleições. Vê-se com isso, que o nosso prefeito não ficou satisfeito com a vitória eleitoral no último pleito. Sabe ele quanto custou isso e sabe também que hoje, é notório o arrependimento da maioria dos que sufragaram seu nome nas urnas.Exaspera-se quando apontamos seus erros, que são muitos e, ao invés de tentar consertá-los, joga tudo para debaixo do tapete como se fosse inatingível.

Em seu exercício midiático baseado na mentira, Nascimento, se refere aos da oposição como “sebosos, física e intelectualmente”, como “pichilingas”, dentre outros termos. Esse comportamento, desabonador para um chefe de governo só realça o desequilíbrio emocional de que está acometido. Falta-lhe coragem para admitir que a situação da saúde do município está calamitosa; que servidores estão com salários atrasados; que suas falcatruas estão sendo, aos poucos apresentadas pelo Tribunal de Contas do Estado, enfim, que está chegando a hora de a onça beber água. Nascimento se descontrola com as críticas porque está vendo que a farra está acabando e a ressaca se faz iminente. Dou-te um conselho, Nascimento: desce do palanque, para de destilares veneno a torto e a direito, vais cuidar de tua casa, deixaste a porta aberta...

DSMR, em 26 de abril de 2021.

 

domingo, 25 de abril de 2021

ENFIM, CINQUENTEI...

 




Este Blog exulta em publicar expressões culturais de princesenses talentosos. Hoje é o dia da novel poetisa, Cássia Fidélis, que, por ocasião de seu cinquentenário, ocorrido no último dia 17 de abril, fez a poesia que apresentamos abaixo. Parabéns, Cássia, pelo seu aniversário e pelos belos versos que, se contidos de saudades da juventude que se foi, estão cheios de alegria pela maturidade conquistada.

 

I

Já não sou a criança que fui um dia

Sonhadora, pura e inocente

Que não sabia o que era ser imprudente

Que achava que tudo podia

 

II

Jovem também sei que não sou

A juventude (vivi) já passou

Como inesperada chuva de verão

Intensa loucura em forma de paixão

 

III

No rosto as rugas denunciam

O leve passar do tempo

E cada vez que tento

Barrar essa “invasão”

Novas linhas chegam dando lição

 

IV

Os brancos fios disfarçados

Revelam os anos passados

E realçam de beleza

O que deu-me a natureza

 

V

Hoje digo que sou mais branda

Acho mesmo que até suavizei

O que de fato sei

É que, de década em década

Enfim, eu cinquentei

 

VI

Sei que o tempo passou e eu amadureci

Calar e observar eu também aprendi

Hoje sou silêncio para quem me feriu

Continuo sorriso para quem comigo

Chorou e sorriu

 

VII

Ao olhar o tempo que passou

Sinto saudades do que ele levou

Tenho também vaidade

Do que trouxe-me a idade

 

VIII

Vejo que hoje sou

Minha melhor versão

E tudo o que já passou

Serviu-me como lição

Hoje sou eu,livre de alma, e coração

 

Por CÁSSIA FIDÉLIS

 

DOMINGUEIRAS LXXXV

 



. A Câmara Municipal de Princesa, como sempre, ajoelhada, até agora, nenhuma providência tomou quanto à necessidade da organização de uma Campanha Contra a Fome. Nada legisla, só carimba e abençoa as vontades do prefeito.



. O presidente Bolsonaro sancionou, ontem, não somente o Orçamento da União, mas também, o Balcão de Negócios (o toma-lá-dá-cá) que é o Congresso Nacional. Para manter as Emendas Parlamentares, negociadas com o “centrão” para viabilizar (financiar) a eleição de Arthur Lira para a presidência da Câmara, o presidente teve de fazer cortes consideráveis em verbas que seriam destinadas a ações essenciais à população.



. A Paraíba está de parabéns. É o único Estado do Nordeste que figura entre os quatro primeiros que mais vacinam contra a Covid-19. Pelo menos nisso,nós nos destacamos.



. Em compensação, o município de Princesa, de forma irresponsável, não reservou as vacinas para a aplicação da segunda dose. Por conta disso, vários idosos perambulam pelos Postos de Saúde, com os cartões de vacinação às mãos, na data aprazada para tomar a 2ª dose do imunizante, e nada de vacina.



. O ex-Secretário de Comunicação da Presidência da República, Fábio Wajgarten – que foi demitido do posto -, em retaliação, botou a boca no trombone.Em entrevista concedida à revista Veja, afirmou que o Governo Federal não comprou o lote de vacinas oferecido pela Pfizer Biontech, porque o então Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, não se interessou pelo negócio.



. Na mesma entrevista, Wajgarten, exime o presidente Bolsonaro de culpa. Será que, em face da iminência de a CPI da Covid-19 ser instalada, estão fritando Pazuello? Estarão fazendo do general um boi-de-piranha?



. Tudo bem. Podem queimar Pazuello, porém, contra fatos não há argumentos. O trunfo do ex-ministro está na manga: “Simples assim, o chefe manda e eu, obedeço”. Será que vem merda no ventilador por aí?



. O governo Bolsonaro é mesmo uma zona. Cortou a verba para a realização do Censo Demográfico – pesquisa que forneceria os dados para o planejamento das ações governamentais. Ao mesmo tempo, ensaia a recriação do Ministério do Planejamento.



. Há quem diga que o TCE/PB – Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, está produzindo mais um relatório-bomba sobre o uso indevido dos dinheiros da Covid-19, por uma prefeitura do sertão paraibano.



.Nada mais ridículo do que a aliança política que se anuncia, na Paraíba, protagonizada pelo ex-governador, Ricardo Coutinho, em concerto com o ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, visando as eleições do próximo ano. Na Capital do Estado, já estão chamando de “coligação lanterninha”.


sábado, 24 de abril de 2021

PANDEMIAS NA HISTÓRIA DO MUNDO



Assolados que estamos com a Pandemia do Coronavírus, essa situação nos faz lembrar que pandemias sempre foram uma ameaça à humanidade. A que vivemos agora é uma das maiores e mais letais de que temos notícia. Apenas uma diferença tem ela das que ocorreram no passado. Hoje, graças ao desenvolvimento científico, temos instrumentos mais eficazes para o combate a esse mal que sempre acometeu populações de todos os quadrantes do mundo. Antigamente, porém, se a proliferação era mais lenta pela precariedade das comunicações e pela dificuldade do contato entre as pessoas, era também mais difícil o combate por conta do atraso científico e da falta de higiene, que era uma praxe. Foram cinco as grandes Pandemias que castigaram a humanidade desde tempos remotos.

Peste Bubônica – causada pela bactéria yersinia pestis, essa doença era transmitida através do contato com pulgas e animais roedores infectados. Seus sintomas eram o inchaço dos gânglios linfáticos na virilha, axila e pescoço, febre, calafrios, dor de cabeça, fadiga e dores musculares. Conhecida também como “Peste Negra”, esse malocorreu na Europa, no Século XIV, matando entre 75 e 200 milhões de vítimas, quando dizimou mais de 20% da população mundial.

Varíola – Transmitida por meio do vírus orthopoxvirus variolae, contaminava as pessoas através das vias respiratórias. Seus sintomas eram a febre e erupções na garganta, na boca e no rosto. Assolou a humanidade por mais de 3 mil anos. Por isso, impossível contabilizar o número de suas vítimas. Felizmente, em 1980, a doença, através de vacinação em massa, foi totalmente erradicada.

Cólera–Essa Pandemia, provocada pela bactéria Vibrio cholerae, ainda assola o mundo. Seu maior e mais significativo surto ocorreu em 1817, quando matou milhares de centenas de pessoas, principalmente na Europa. Hoje, essa doença ocorre,principalmente, em países subdesenvolvidos, a exemplo do Haiti, onde um surto penalizou aquele país em 2010. Sua transmissão acontece a partir do consumo de água ou alimentos contaminados. Recentemente, no Iêmen, mais de 40 mil pessoas morreram devido à enfermidade. Os sintomas são diarreia intensa, cólicas e enjoo. O tratamento é à base de antibióticos. Apesar de existir vacina contra a doença, ela não é 100% eficaz.

Gripe Espanhola – Causada por um subtipo de vírus influenza, seu contágio ocorre pelas vias respiratórias. Os sintomas são muito parecidos com os da Covid-19 e não existia cura. Hoje, já existe a vacina. Seu maior surto, ocorreu em 1918/19 quando, acredita-se foram ceifadas entre 40 a 50 milhões de vidas. Na época, mais de um quarto da população mundial foi infectada e até o presidente eleito do Brasil, Rodrigues Alves, morreu da doença em 1919. Para o Brasil, o vírus veio a bordo do navio Demerara. O transatlântico desembarcou passageiros infectados em Recife, Salvador e Rio de Janeiro.

Gripe Suína – O vírus H1N1, causador da chamada “Gripe Suína”, foi o primeiro a gerar uma pandemia no século XXI. O vírus, surgido em porcos no México, em 2009, se espalhou rapidamente pelo mundo, matando 16 mil pessoas. No Brasil, o primeiro caso foi confirmado em maio daquele ano e, no fim de junho, 627 pessoas estavam infectadas no país. O contágio acontece a partir de gotículas respiratórias no ar ou em uma superfície contaminada. Seus sintomas são os mesmos de uma gripe comum: febre, tosse, dor de garganta, calafrios e dor no corpo. Hoje, já existe a vacina contra essa doença que, se não foi totalmente erradicada, está sob controle.


DSMR, em 24 de abril de 2021.

POETAS ILUMINADOS

 


 


 

Ronaldo José da Cunha Lima foi Advogado, Promotor de Justiça, Professor, poeta ePolítico. Brasileiro, natural de Guarabira/PB, radicou-se na cidade de Campina Grande/PB, onde sempre morou. Nasceu em 18 de março de 1936 e faleceu em 07 de julho de 2012. Escreveu vários livros, em sua maioria de poesia, e é reputado um dos maiores poetas do Nordeste brasileiro. Hoje, apresentamos uma de suas várias composições poéticas.

 

O MEDO E A FALTA

 

Você me faz medo,

Mas você me faz falta.

 

A diferença entre o medo e a falta

É que o medo você sabe quando tem,

E na falta você sente que não tem.

 

A falta, com o medo, sobressalta.

Entre o medo que você me traz

E a falta que você me faz,

 

Você é o medo que me falta

 

Por RONALDO CUNHA LIMA

SABÁTICAS 83

 



. O presidente Bolsonaro muda de tom e faz discurso conciliador na Cúpula de Líderes sobre o Clima. Em sua fala, o presidente prometeu acabar com o desmatamento ilegal até 2030 e com a emissão de gases poluentes até 2050. O problema é que o “mito” não sabe, sequer, se ficará no governo até o final deste mandato.

. Aliás, na esteira dessas promessas vãs, Bolsonaro acaba de cortar - no Orçamento da União -, mais de 240 milhões de reais do Ministério do Meio Ambiente. Dá uma no prego, outra na ferradura.

. Mesmo assim, o presidente dos EUA, Joe Biden, já avisou: “Acreditamos nas palavras do presidente do Brasil, porém, de nada adiantam palavras ao vento, queremos ver ações efetivas”.

. Na verdade, o discurso do nosso presidente não dialoga com a prática. Mais parece uma satisfação dada ao presidente dos EUA. No tempo de Trump, a retórica era outra. Agora, Bolsonaro realçou a saliva, esquecendo a pólvora.

. O número de policiais mortos no Brasil, em 2020, aumentou 10% se comparado com 2019.Especialistas afirmam que uma das causas é a proliferação de armas de fogo nas mãos de civis. O feitiço está caindo por cima dos feiticeiros.

. É desestimulante combater as loucuras e as incompetências de Bolsonaro, quando vemos o ex-governador, Ricardo Coutinho – o rei da corrupção -, fazendo o mesmo. Na ausência de uma terceira via competitiva, estamos num beco sem saída. Se ficarmos, o bicho come; se corrermos, o bicho pega.

. Os mototaxistas de Princesa estão, até agora, no aguardo da feira que o prefeito prometeu. É claro que esse benefício tem de ser entregue, pois, quando houve a promessa é porque o recurso já havia sido destinado para isso.

.  Para o ex-juiz e ex-ministro, Sérgio Moro, vem dando tudo errado. De vestal da honestidade, quando posou de xerife anticorrupção, está agora, na iminência de ser processado por haver julgado o ex-presidente Lula com parcialidade, a serviço de interesses eleitoreiros. Na verdade, a justiça tarda, às vezes, e em outras, falha.

. O programa de vacinação contra a Covid-19, em Princesa, não vem obedecendo às orientações do Ministério da Saúde. Aqui, já são vários os idosos que tomaram a 1ª dose do imunizante Coronavac e, já com mais de 28 dias, estão sem receber a 2ª dose.

. As Unidades de Acolhimento Adulto e Infantil da Prefeitura de Princesa, à exemplo dos Postos de Saúde, estão, no mais das vezes, sem enfermeiros e sem técnicos de enfermagem. Para completar, nem a cozinha funciona.

DSMR, em 24 de abril de 2021.

sexta-feira, 23 de abril de 2021

LER PARA CONHECER A NOSSA HISTÓRIA

 




O ANO DO NEGO

JOSÉ AMÉRICO DE ALMEIDA

 

Escrito por José Américo de Almeida, principal auxiliar do presidente João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque,o livro,O Ano do Nego, com 237 páginas, lançado sob o patrocínio da PBGÁS – Companhia Paraibana de Gás, em parceria com a Fundação Casa de José Américo, João Pessoa – 2005, é sem dúvida, uma das maiores contribuições literárias à historiografia recente da Paraíba. Nesta obra, o já consagrado escritor, autor de A Bagaceira, obra precursora do regionalismo literário brasileiro, discorre sobre os acontecimentos que antecederam a eclosão do movimento revolucionário de 1930. No contexto, Zé Américo, dedica longa descrição sobre vários fatos, dentre eles, o rompimento do coronel José Pereira Lima com o presidente João Pessoa; a Guerra de Princesa – com riqueza de detalhes -; o assassinato do presidente paraibano e suas consequências; a ocupação de Princesa pelo Exército Brasileiro; o “suicídio” de João Dantas e Augusto Moreira Caldas; a fuga de Zé Pereira, dentre outros fatos inerentes àquele importante período da nossa história recente. Importante ressaltar o olhar especial para o caso de Princesa.

Já no prefácio dessa obra, lançada em 3ª edição, o baiano, Juracy Magalhães, na página 07, anota sobre a pressão que sofreu, a Paraíba, do Governo Federal, quando da Guerra de Princesa:

“(...) em lugar de ser dado ao Governo paraibano o direito de se defender contra a rebelião injusta e cruenta, estabeleceu-se o cerco, o bloqueio, e, finalmente, a ocupação do Estado”.

Reportando-se aos primórdios das desavenças que se fizeram caldo de cultura para as intolerâncias entre o Coronel de Princesa e o presidente da Paraíba, o que culminou com o rompimento político, Zé Américo relata, na página 21, sobre o primeiro diálogo que teve com o então Ministro do Superior Tribunal Militar e futuro presidente da Paraíba, João Pessoa, no Rio de Janeiro, sobre sua indicação para o comando da administração da Paraíba no quatriênio 1928/1932:

“Numa conversa que tivemos, numa das minhas idas ao Rio, em ligeiro encontro de rua, quando ainda mal nos conhecíamos, João Pessoa confiou-me um segredo, já tendo em vista, talvez, minha escolha para seu principal auxiliar. Declarou que, provavelmente, seria candidato ao governo da Paraíba.

Ainda não se falava em seu nome. O Presidente do Estado, João Suassuna, trabalhava, discretamente, em favor de Júlio Lira, seu chefe de Polícia, na suposição de poder fazer o sucessor, numa chapa em que figuraria, José Pereira Lima, chefe político de Princesa, como vice-presidente.

Demonstrando pouco interesse por essa posição, João Pessoa ainda confidenciou:

- Mas já disse a Epitácio que só se for com carta branca. Só assim aceitarei. (...) externou, em duas palavras, o juízo que fazia da política de então. Achava tudo ‘podre’ e concluiu que só uma ‘vassourada’, em regra, poderia purificar a vida pública, rebaixada por ‘figuras sem significação e aproveitadores gulosos’”.

 

Como vemos, a intenção de João Pessoa, desde antes, era a de defenestrar os coronéis de seus pedestais de comando, o que já era arraigado na política de então. Temerária, essa posição, chegou a provocar comentário premonitório do então governador do Estado de Santa Catarina, Adolfo Konder, quando informado pelo próprio João Pessoa, já eleito, em visita àquele Estado, sobre as mesmas intenções confidenciadas a Zé Américo. Após despedir-se do colega paraibano, Konder, comentou: “Será deposto ou morto”.

 

A antipatia do presidente João Pessoa em relação ao caudilho sertanejo, a essa altura, era já consolidada. Num primeiro encontro do coronel José Pereira com o novo presidente do Estado, em Palácio, este, num “rasgo de franqueza” (o que consta na página 34 do livro), chamou-o de “cangaceiro”. Segundo Zé Américo:

 

“O chefão [Zé Pereira] enfarruscou-se. Eu estava perto e fiz-lhe um sinal para que não respondesse. Segui o curso da discussão e vi-o perto de estourar, com uma ira, nos olhos sem expressão. Depois empalideceu, dessa palidez que faz medo. Olhou João Pessoa ferozmente e calou-se”.

Essa história, relatada também por outros que escreveram sobre o assunto, tem outra versão. Talvez a mais plausível, uma vez não ser, o coronel Zé Pereira, homem de levar desaforo para casa. De acordo com outra interpretação, ao ser chamado de “cangaceiro” e chefe de bando, Zé Pereira reagira dizendo que os “cangaceiros a quem o presidente insinuara existirem em Princesa, eram os eleitores de seu tio Epitácio Pessoa. Esse desconfortável encontro denota que os dois, desde o início, não se bicavam. Anunciado estava o rompimento, independentemente de qualquer fato que o possa ter patrocinado. É tanto que, na página 39, o autor do escrito que ora resenhamos, anotou que por ocasião da composição da chapa eleitoral que concorreria aos cargos de deputados federais, e que excluía do nome do ex-presidente, João Suassuna:

 

“Ia ele [João Pessoa] pela segunda vez defrontar-se com a facção que só aguardava o ensejo para romper”. (...) a ala desgostosa encontrava, por fim, um motivo que justificasse sua atitude”.

 

Nas páginas 41 a 48, o autor narra sobre a visita empreendida pelo presidente paraibano ao município de Princesa. Destemido que era, João Pessoa, resolveu visitar alguns municípios do interior do estado, incluindo aí a cidade de Princesa. Temeroso de uma decepção quanto à possível recusa de Zé Pereira em receber o presidente paraibano, no clarear do dia 18 de fevereiro de 1930, partindo já de Monteiro, Zé Américo indagou a João Pessoa:

 

- Como é? Vamos mesmo a Princesa?

Olhou-me admirado da pergunta:

- Por que não?

Com a voz alterada pelos balanços do carro que saltava no cascalho, ponderei:

-Pensei que não se fosse.

Ele fungou e virou-se, bruscamente, para mim:

-Não vejo motivo. Nem abriria exceção.

Numa parada, ainda auscultei:

- E se Zé Pereira ausentar-se para não se encontrarem? Ele deve estar industriado.

Sem fazer caso, ameaçou:

- Pior para ele.

 

Em que pese os dois [João Pessoa e Zé Pereira] “já não se verem com bons olhos”, a recepção promovida pelo Coronel foi das maiores. A cidade toda engalanada de vermelho, Banda de Música, banquetes, discursos, homenagens infindas. Porém, sobre política, nenhuma palavra, sobre a famigerada chapa que excluía João Suassuna, nada.

 

Quanto à visita a Princesa, Zé Américo, discorre, na página 48, sobre passeio que fez pelas ruas da cidade; sobre conversas particulares com o sisudo e taciturno Zé Pereira; sobre as danças comemorativas da visita do presidente, enfim sobre o ambiente de tensão que encontrou em Princesa. Quanto a isso, o autor fez o seguinte comentário:

 

“Parti com a mosca na orelha: Temos coisa. Há aí muita maquinação. E, já em viagem, chamei a atenção de João Pessoa:

- Aquele está mais é bichado. Qualquer dia se verá”.

 

E foi o que se viu já no dia seguinte. Chegando à Capital do Estado, o presidente João Pessoa recebeu telegrama do coronel José Pereira, comunicando o rompimento político. Daí para a eclosão da Guerra de Princesa, passaram-se dez dias.

 

Sobre o conflito, o autor, que durante a guerra funcionou como Chefe do Estado Maior da Polícia da Paraíba, sediado na cidade de Piancó, discorre, com riqueza de detalhes, sobre as refregas acontecidas entre a polícia paraibana e os homens de Zé Pereira nas várias localidades do município de Princesa e termos vizinhos. Realça, na página 65, comentário do jornalista capixaba, Victor do Espírito Santo, que, “numa proeza de reportagem, penetrara em Princesa e visitara depois as posições das Forças que defendiam o governo do Estado, pintara esse contraste”:

 

“O reduto rebelde surpreendeu-me por sua organização e pelo espírito combativo, ao passo que do outro lado tudo era sinal de derrota. (...) Seguro da vitória, José Pereira já tinha estudado seus planos de ataque a Patos, a Piancó e à Capital do Estado”.

 

Ainda sobre a Guerra, o autor, nas páginas 82 e 83, diz em desalento: “Só Tavares ficaria de pé, mas, daí por diante, as operações iriam limitar-se ao seu abastecimento”. E acrescenta:“Só dispúnhamos de 590 homens e multiplicavam-se as deserções”. Completando os relatos sobre a Guerra, Américo escreve, nas páginas 97 a 100, sobre o desastre de Água Branca, quando a chamada “Coluna da Vitória”, que partiu da Capital do Estado com o desiderato de ocupar, definitivamente, o reduto rebelde, foi completamente desbaratada, na altura do Distrito de Água Branca. Seu comentário: “O desastre de Água Branca fora-lhe [para João Pessoa], um golpe penoso”.

 

Essa obra, seminal por seu rico relato de fatos vividos pessoalmente pelo autor do O Ano do Nego, testemunha que foi, Zé Américo, de tudo que escreveu, faz-se indispensável como subsídio para os que desejam escrever sobre esse momento histórico e também para os que querem conhecer os fatos daquele período importante da nossa história. Leitura indispensável.

 

José Américo de Almeida nasceu em 10 de janeiro de 1887, na cidade paraibana de Areia. Romancista, poeta, ensaísta, cronista, político, advogado, professor universitário, folclorista e sociólogo brasileiro. Foi membro da ABL - Academia Brasileira de Letras, governador do estado da Paraíba, Ministro da Viação e Obras Públicas no governo de Getúlio Vargas, Senador da República e autor de vários livros sobre política, memórias, sociologia, dentre outros assuntos. Foi precursor do Movimento Regionalista do Modernismo Brasileiro com o romance A Bagaceira, publicado em 1928. Faleceu em João Pessoa/PB, aos 93 anos de idade, em 10 de março de 1980.

 

DSMR, em 23 de abril de 2021.

PENSAMENTOS DO DIA

 



 

Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz do que aquele que a sofre”

Platão

 

“Quando a raposa começar a pregar, vigiai tuas galinhas”

Provérbio alemão

 

“Ri tu que tens os dentes limpos”

Provérbio angolano

O MALOGRADO TIRO QUE SAIU, COMPLETAMENTE, PELA CULATRA

 



A arma usada para o abatimento da candidatura do ex-presidente, Luís Inácio Lula da Silva, nas eleições de 2018, foi preparada em concurso de várias personalidades interessadas no defenestramento das intenções eleitorais de Lula. Arquitetaram tudo direitinho para tirar o petista do páreo. Porém, esconderam o gato, mas deixaram o rabo de fora. A intenção da conspirata eleitoral, era alçar a candidatura do peessedebista, Geraldo Alckmin. Para isso concorreu quase toda a elite política nacional, liderada pelo famigerado “centrão”. O problema é que esqueceram de combinar com o povo. Respaldados pelo então juiz, Sérgio Moro, e (supostamente) pelo promotor Deltan Dallagnol, concorreram para, num célere e guiado julgamento, excluir Lula do jogo eleitoral e jogá-lo atrás das grades. Conseguiram seu intento.

Vitória de Pirro

Estava dando tudo certo, até que surgiu o tal do Jair Bolsonaro. Deputado componente do chamado “Baixo Clero” da Câmara Federal, radical de extrema direita e, o que é mais grave, sem nenhum preparo ou competência para ocupar a maior magistratura do país. Inicialmente achavam, os conspiradores, que o reles deputadozinho não oferecia perigo. Aí, veio a peixeirada que mudou todo o roteiro da novela. Inflamado, o bolo começou a inchar. Bolsonaro deu-se ao crescimento nas pesquisas eleitorais, credenciou-se como alternativa viável para combater a corrupção petista e, num ato de completa irresponsabilidade, o Brasil elegeu um insano, incapaz e arrogante para dirigir os destinos da Nação. Derrotada, a elite conservadora, passou a amargar os frutos da articulação armada para anular o homem dos nove dedos.

Terceiro Ato

Como tudo na vida, para toda ação há uma reação. Quem planta ventos, colhe tempestades. Preso Lula e eleito Bolsonaro, parecia que a derrota sofrida pelo establishment não havia causado muitas feridas e todos já se acomodavam com a nova ordem: o discurso de campanha do “mito” já se esboroara; o “centrão” já cooptara o novo governo; o PT se esfacelara. Parecia que estava tudo nos conformes e a bola estava sendo, tranquilamente, chutada para a frente. De repente, eis que desatou tremenda tempestade, quando o Ministro do STF, Luís Édson Fachin decretou a anulação dos processos de Lula e o Supremo Tribunal decretou a suspeição do juiz Sergio Moro. Descobriram a farsa, soltaram Lula e, agora, o quadro mudou completamente. Os atores do engodo estão com a mãos na cabeça, Lula, que acaba de tomar a segunda dose (da vacina), vai botar o pé na estrada, e seja o que Deus quiser. Só o tempo vai dizer se todo esse enlinhado de coisas vai botar, novamente, Lula-lá.

DSMR, em 23 de abril de 2021.

 

NO GOVERNO DE NASCIMENTO, A SAÚDE CONTINUA SENDO A GRANDE VILÃ

 



Por mais que denunciemos, nada acontece. Mesmo assim, sendo este Blog o único veículo de comunicação verdadeiramente independente, vemo-nos na obrigação de reverberarmos as denúncias que recebemos quanto ao funcionamento (ou não) dos órgãos de saúde do nosso município. Desta vez, trata-se das Unidades de Acolhimento, Adulto e Infantil.

Ontem, recebi várias mensagens, através do meu Whatsapp, dando conta de que as referidas Unidades de Acolhimento estão em péssimo estado de funcionamento. Que, no mais das vezes, ficam lá somente os acolhidos e os vigias, e que é constante a ausência de enfermeiros e de técnicos de enfermagem. Além disso, a cozinha da Unidade de Adultos, está desativada. Segundo a pessoa que denunciou – de quem guardo o anonimato -, com conhecimento de causa, aqueles estabelecimentos de saúde estão em completo estado de abandono quanto ao atendimento aos acolhidos.

Situação dessa natureza não se constitui nenhuma novidade na administração comandada por Nascimento. Exemplo disso são as denúncias que expusemos, semana passada, informando da falta de médicos e dentistas nos Postos de Saúde da Família e, mesmo assim, nenhuma providência foi, até agora, tomada.Nesse governo midiático que prima pela mentira, só há um jeito para que que essas irregularidades sejam sanadas: a intervenção correta e séria do Ministério Público. O problema é que, mesmo sendo verdadeiros os problemas aqui apontados, quase todas as denúncias, são, estranhamente, arquivadas. Há muito mais mistérios entre o céu e a terra do que possa imaginar a nossa vã filosofia (William Shakespeare).

DSMR, em 23 de abril de 2021.

 

quinta-feira, 22 de abril de 2021

LULA LIVRE

 

O poeta manairense, Manoel Galdino Pereira Tavares, ataca novamente. Desta feita, com versos louvadores ao ex-presidente Lula, apostando na candidatura do petista, que após longo calvário judicial, renasceu das cinzas e reaparece, agora, para “tordar” o caldo dos demais pretendentes à cadeira presidencial. Lá vai:

 



I

Pra quem achava impossível

Num momento inesperado

Tanto cabra acabrunhado

E Lula sendo elegível

Tem gente de alma sofrível

Muita falta de decoro

Alguns caíram num choro

Que nada têm de ignaro

Como Dória e Bolsonaro

Dallagnol e Sérgio Moro

 

II

Muita gente aperreada

Cruza do Arroio ao Chuí

E o que se vê por aí

A classe dissimulada

Vai ser uma debandada

Já desistiu, sim senhor

O Dória que era um terror

E agora sem consistência

Sem chances pra presidência

Vai tentar governador

 

III

Neves PSDB

Temer, Cunha e Enivaldo

Era um grupo arquitetado

Alinhado com o PT

PP e MDB

Aos poucos se organizavam

E no governo se infiltravam

Com pose de establishment

Deram o golpe do impeachment

Pois no voto não ganhavam

 

IV

Ciro Gomes não tem lado

Mete o pau em todo mundo

O cenário é mais profundo

Ele está descompensado

O “Centrão” tá desvairado

Sem saber quem é que enfrenta

O Governo acha que ostenta

22 ministros é pouco

Ali Babá, menos louco

Na época tinha quarenta

 

V

Eles vão tentar de tudo

Pra tirar Lula do jogo

Na política um pedagogo

Um batalhador peitudo...

Apaziguador, contudo

Um sábio guerreiro, pois

Com uma visão pra depois

Será um Brasil contente

Lula sendo o presidente

Em 2022.

 

Por MANOEL GALDINO PEREIRA TAVARES