Assolados que estamos com a Pandemia do Coronavírus, essa
situação nos faz lembrar que pandemias sempre foram uma ameaça à humanidade. A
que vivemos agora é uma das maiores e mais letais de que temos notícia. Apenas
uma diferença tem ela das que ocorreram no passado. Hoje, graças ao
desenvolvimento científico, temos instrumentos mais eficazes para o combate a
esse mal que sempre acometeu populações de todos os quadrantes do mundo.
Antigamente, porém, se a proliferação era mais lenta pela precariedade das
comunicações e pela dificuldade do contato entre as pessoas, era também mais
difícil o combate por conta do atraso científico e da falta de higiene, que era
uma praxe. Foram cinco as grandes Pandemias que castigaram a humanidade desde
tempos remotos.
Peste Bubônica – causada pela bactéria yersinia pestis, essa doença era
transmitida através do contato com pulgas e animais roedores infectados. Seus
sintomas eram o inchaço dos gânglios linfáticos na virilha, axila e pescoço,
febre, calafrios, dor de cabeça, fadiga e dores musculares. Conhecida também
como “Peste Negra”, esse malocorreu na Europa, no Século XIV, matando entre 75 e
200 milhões de vítimas, quando dizimou mais de 20% da população mundial.
Varíola – Transmitida por meio do vírus orthopoxvirus variolae, contaminava as
pessoas através das vias respiratórias. Seus sintomas eram a febre e erupções na
garganta, na boca e no rosto. Assolou a humanidade por mais de 3 mil anos. Por
isso, impossível contabilizar o número de suas vítimas. Felizmente, em 1980, a
doença, através de vacinação em massa, foi totalmente erradicada.
Cólera–Essa Pandemia, provocada pela
bactéria Vibrio cholerae, ainda
assola o mundo. Seu maior e mais significativo surto ocorreu em 1817, quando
matou milhares de centenas de pessoas, principalmente na Europa. Hoje, essa
doença ocorre,principalmente, em países subdesenvolvidos, a exemplo do Haiti,
onde um surto penalizou aquele país em 2010. Sua transmissão acontece a partir
do consumo de água ou alimentos contaminados. Recentemente, no Iêmen, mais de
40 mil pessoas morreram devido à enfermidade. Os sintomas são diarreia intensa,
cólicas e enjoo. O tratamento é à base de antibióticos. Apesar de existir
vacina contra a doença, ela não é 100% eficaz.
Gripe Espanhola – Causada por um subtipo de vírus
influenza, seu contágio ocorre pelas vias respiratórias. Os sintomas são muito
parecidos com os da Covid-19 e não existia cura. Hoje, já existe a vacina. Seu
maior surto, ocorreu em 1918/19 quando, acredita-se foram ceifadas entre 40 a
50 milhões de vidas. Na época, mais de um quarto da população mundial foi
infectada e até o presidente eleito do Brasil, Rodrigues Alves, morreu da
doença em 1919. Para o Brasil, o vírus veio a bordo do navio Demerara. O
transatlântico desembarcou passageiros infectados em Recife, Salvador e Rio de
Janeiro.
Gripe Suína – O vírus H1N1, causador da chamada
“Gripe Suína”, foi o primeiro a gerar uma pandemia no século XXI. O vírus,
surgido em porcos no México, em 2009, se espalhou rapidamente pelo mundo,
matando 16 mil pessoas. No Brasil, o primeiro caso foi confirmado em maio
daquele ano e, no fim de junho, 627 pessoas estavam infectadas no país. O
contágio acontece a partir de gotículas respiratórias no ar ou em uma
superfície contaminada. Seus sintomas são os mesmos de uma gripe comum: febre,
tosse, dor de garganta, calafrios e dor no corpo. Hoje,
já existe a vacina contra essa doença que, se não foi totalmente erradicada,
está sob controle.
DSMR, em 24 de abril de 2021.
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