Desde a última sexta-feira, serviços e comércios considerados
não essenciais, foram reabertos em várias cidades do Brasil. Dilema cruel povoa
as mentes dos que decidem pela reabertura ou não. Alegria macabra a dos que
retornam às atividades. Para os que vendem, a alegria é normal e necessária.
Para os usuários - estes os irresponsáveis -, incontidos, abusam da
“normalidade” quando aglomeram, dando trabalhos às autoridades e,
inconscientemente, como se estivessem somente reconquistando uma liberdade
perdida, cavam sua própria sepultura. É certo que os serviços e comércios, a
bem da sobrevivência de seus proprietários e da economia, não podem permanecer
fechados por muito tempo. É factível também, que a reabertura, poderá causar
uma tenebrosa Terceira Onda de contágio do terrível coronavírus. É a velha
história: se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come.
Eis o dilema. Resta-nos, a cada um, a responsabilidade do uso
da máscara facial; da higienização das mãos e da manutenção da distância
correta, uns dos outros. Na qualidade de privilegiado por já ter tomado a 1ª dose da vacina, eu me preocupo, principalmente, com os
mais jovens que são, hoje, os novos vulneráveis. Nós, os sessentões, nos
precavemos mais porque sempre fomos alertados de que éramos as vítimas
preferenciais do vírus. Os mais jovens, não. Estes, tidos como imunes às
consequências mais graves da doença, desavisados, estão agora expostos ao
contágio e pouco se preocupam com isso. As estatísticas já apontam que o
crescimento de internações de jovens, acometidos da Covid-19, vem crescendo
assustadoramente. Reabrir é preciso, mas, viver também é preciso. O único
remédio agora, já que não temos imunizantes suficientes para todos, é termos
responsabilidade.
DSMR, em 26 de abril de 2021.
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