segunda-feira, 26 de abril de 2021

TUDO ABERTO DE NOVO E O PERIGO À ESPREITA

 



Desde a última sexta-feira, serviços e comércios considerados não essenciais, foram reabertos em várias cidades do Brasil. Dilema cruel povoa as mentes dos que decidem pela reabertura ou não. Alegria macabra a dos que retornam às atividades. Para os que vendem, a alegria é normal e necessária. Para os usuários - estes os irresponsáveis -, incontidos, abusam da “normalidade” quando aglomeram, dando trabalhos às autoridades e, inconscientemente, como se estivessem somente reconquistando uma liberdade perdida, cavam sua própria sepultura. É certo que os serviços e comércios, a bem da sobrevivência de seus proprietários e da economia, não podem permanecer fechados por muito tempo. É factível também, que a reabertura, poderá causar uma tenebrosa Terceira Onda de contágio do terrível coronavírus. É a velha história: se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come.

Eis o dilema. Resta-nos, a cada um, a responsabilidade do uso da máscara facial; da higienização das mãos e da manutenção da distância correta, uns dos outros. Na qualidade de privilegiado por já ter tomado a 1ª dose da vacina, eu me preocupo, principalmente, com os mais jovens que são, hoje, os novos vulneráveis. Nós, os sessentões, nos precavemos mais porque sempre fomos alertados de que éramos as vítimas preferenciais do vírus. Os mais jovens, não. Estes, tidos como imunes às consequências mais graves da doença, desavisados, estão agora expostos ao contágio e pouco se preocupam com isso. As estatísticas já apontam que o crescimento de internações de jovens, acometidos da Covid-19, vem crescendo assustadoramente. Reabrir é preciso, mas, viver também é preciso. O único remédio agora, já que não temos imunizantes suficientes para todos, é termos responsabilidade.

DSMR, em 26 de abril de 2021.

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