A arma usada para o abatimento da candidatura do
ex-presidente, Luís Inácio Lula da Silva, nas eleições de 2018, foi preparada
em concurso de várias personalidades interessadas no defenestramento das intenções
eleitorais de Lula. Arquitetaram tudo direitinho para tirar o petista do páreo.
Porém, esconderam o gato, mas deixaram o rabo de fora. A intenção da conspirata
eleitoral, era alçar a candidatura do peessedebista, Geraldo Alckmin. Para isso
concorreu quase toda a elite política nacional, liderada pelo famigerado
“centrão”. O problema é que esqueceram de combinar com o povo. Respaldados pelo
então juiz, Sérgio Moro, e (supostamente) pelo promotor Deltan Dallagnol,
concorreram para, num célere e guiado julgamento, excluir Lula do jogo
eleitoral e jogá-lo atrás das grades. Conseguiram seu intento.
Vitória de Pirro
Estava dando tudo certo, até que surgiu o tal do Jair
Bolsonaro. Deputado componente do chamado “Baixo Clero” da Câmara Federal,
radical de extrema direita e, o que é mais grave, sem nenhum preparo ou
competência para ocupar a maior magistratura do país. Inicialmente achavam, os
conspiradores, que o reles deputadozinho não oferecia perigo. Aí, veio a
peixeirada que mudou todo o roteiro da novela. Inflamado, o bolo começou a
inchar. Bolsonaro deu-se ao crescimento nas pesquisas eleitorais, credenciou-se
como alternativa viável para combater a corrupção petista e, num ato de
completa irresponsabilidade, o Brasil elegeu um insano, incapaz e arrogante
para dirigir os destinos da Nação. Derrotada, a elite conservadora, passou a amargar
os frutos da articulação armada para anular o homem dos nove dedos.
Terceiro Ato
Como tudo na vida, para toda ação há uma reação. Quem planta
ventos, colhe tempestades. Preso Lula e eleito Bolsonaro, parecia que a derrota
sofrida pelo establishment não havia
causado muitas feridas e todos já se acomodavam com a nova ordem: o discurso de
campanha do “mito” já se esboroara; o “centrão” já cooptara o novo governo; o
PT se esfacelara. Parecia que estava tudo nos conformes e a bola estava sendo,
tranquilamente, chutada para a frente. De repente, eis que desatou tremenda
tempestade, quando o Ministro do STF, Luís Édson Fachin decretou a anulação dos
processos de Lula e o Supremo Tribunal decretou a suspeição do juiz Sergio
Moro. Descobriram a farsa, soltaram Lula e, agora, o quadro mudou
completamente. Os atores do engodo estão com a mãos na cabeça, Lula, que acaba
de tomar a segunda dose (da vacina), vai botar o pé na estrada, e seja o que
Deus quiser. Só o tempo vai dizer se todo esse enlinhado de coisas vai botar,
novamente, Lula-lá.
DSMR, em 23 de abril de 2021.
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