terça-feira, 27 de agosto de 2019

EM MEIO À CRISE, BOLSONARO PISA NA BOLA




    Não tem jeito mesmo para o nosso presidente. Em plena crise gerada pelas queimadas que assolam a região amazônica, Jair Bolsonaro tenta apagar o fogo com gasolina. Não bastassem as críticas pelo seu posicionamento que o denotam como refratário às coisas do meio-ambiente, o presidente adentra no campo das coisas pessoais quando, no último fim de semana, atacou o casal presidencial francês e, deselegantemente, insinuou ser a primeira dama dos gauleses, uma bruaca. Tal comportamento irritou o presidente da França e colocou o Brasil em situação ridícula no cenário internacional pela postura vergonhosa do chefe da nação. Bolsonaro, como cidadão, tem o direito de adotar o comportamento que quiser. Porém, como presidente da República, não. Quando ele abre a boca para o seu contumaz cocô oral, está representando todo um País. Aí, todos nós estamos também envolvidos por ser ele o nosso representante maior. Eu não votei nele, mas, ele (à pulso) me representa também e isso é por demais constrangedor quando nos obriga a ouvir o desabafo internacional do presidente da França, Emmanuel Macron que, além de considerar-nos tristes pelo presidente que temos, desejou que, em breve possamos ter algo que melhor nos represente.

Consequências

     Diante desse comportamento deselegante do nosso presidente, o da França posicionou-se insinuando que, caso o Brasil não cuide bem da Amazônia, aquela região deve ser internacionalizada. Conversa besta só gera conversa besta. Quem pensa que é esse Emmanuel Macron quando sugere intervenção em nosso País? Foi tão leviano que a premiê alemã, Ângela Merkel e o novo primeiro ministro britânico, Boris Johnson (ambos consideram Bolsonaro repugnante) foram contrários a essa insinuação do francês. Porém, se o nosso presidente continuar batendo com a língua nos dentes, mais crise vai gerar no âmbito nacional, com repercussões internacionais, num momento em que necessitamos de apoio para sairmos do atoleiro econômico em se encontra o Brasil. Ao invés de conversar tantas asneiras, Bolsonaro deveria se ater às pesquisas que já demonstram o repúdio que a maioria do povo brasileiro lhe vem dispensando e corrigir o rumo de seu comportamento verbal tresloucado.

(Escrito por Domingos Sávio Maximiano Roberto, em 27 de agosto de 2019).

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