Não tem jeito mesmo
para o nosso presidente. Em plena crise gerada pelas queimadas que assolam a
região amazônica, Jair Bolsonaro tenta apagar o fogo com gasolina. Não
bastassem as críticas pelo seu posicionamento que o denotam como refratário às
coisas do meio-ambiente, o presidente adentra no campo das coisas pessoais
quando, no último fim de semana, atacou o casal presidencial francês e,
deselegantemente, insinuou ser a primeira dama dos gauleses, uma bruaca. Tal
comportamento irritou o presidente da França e colocou o Brasil em situação
ridícula no cenário internacional pela postura vergonhosa do chefe da nação.
Bolsonaro, como cidadão, tem o direito de adotar o comportamento que quiser.
Porém, como presidente da República, não. Quando ele abre a boca para o seu
contumaz cocô oral, está representando todo um País. Aí, todos nós estamos
também envolvidos por ser ele o nosso representante maior. Eu não votei nele,
mas, ele (à pulso) me representa também e isso é por demais constrangedor
quando nos obriga a ouvir o desabafo internacional do presidente da França,
Emmanuel Macron que, além de considerar-nos tristes pelo presidente que temos,
desejou que, em breve possamos ter algo que melhor nos represente.
Consequências
Diante desse comportamento deselegante do
nosso presidente, o da França posicionou-se insinuando que, caso o Brasil não
cuide bem da Amazônia, aquela região deve ser internacionalizada. Conversa besta
só gera conversa besta. Quem pensa que é esse Emmanuel Macron quando sugere
intervenção em nosso País? Foi tão leviano que a premiê alemã, Ângela Merkel e
o novo primeiro ministro britânico, Boris Johnson (ambos consideram Bolsonaro
repugnante) foram contrários a essa insinuação do francês. Porém, se o nosso
presidente continuar batendo com a língua nos dentes, mais crise vai gerar no
âmbito nacional, com repercussões internacionais, num momento em que necessitamos
de apoio para sairmos do atoleiro econômico em se encontra o Brasil. Ao invés
de conversar tantas asneiras, Bolsonaro deveria se ater às pesquisas que já
demonstram o repúdio que a maioria do povo brasileiro lhe vem dispensando e
corrigir o rumo de seu comportamento verbal tresloucado.
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano
Roberto, em 27 de agosto de 2019).
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