Em 1944, já na reta final da II Guerra Mundial, o Brasil
aderiu àquele conflito formando ao lado das chamadas “Forças Aliadas” (EUA,
Inglaterra e França) e resolveu mandar tropas para combater na Europa. Para
tanto, o Governo Brasileiro desenvolveu esforços para arregimentar reservistas,
principalmente no Nordeste, para irem à luta. Aqui em Princesa, vários foram
convocados. Porém, alguns se recusaram a embarcar com medo de morrer. Esse foi
o caso de Lulu Cristóvão que alegou sofrer de epilepsia e João Costa que se
declarou completamente surdo. O primeiro foi logo dispensado quando, ainda na fila
da triagem, deu dois ou três passamentos. Já João Costa, na impossibilidade de
ter sua mouquice comprovada sem exames específicos, o tenente J. Braga Neto,
oficial do Exército responsável - que veio do Recife para coordenar a
convocação dos rapazes -, resolveu fazer um teste mais prático: postou João
Costa sentado num tamborete e mandou que um dos soldados da guarda do exército disparasse
um tiro de fuzil raspando suas orelhas do convocado. Feito isso e diante da
impassibilidade de João, o oficial perguntou-lhe num grito: “Reservista! Ouviste o tiro?”. Ao que
João Costa respondeu: “Não, tenente. ‘Faiou’?”.
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano
Roberto, em 25 de outubro de 2019).
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