Nunca, em tempo algum, o povo de Princesa se deparou com
situação tão vergonhosa quanto a que observamos agora em relação ao Poder
Legislativo Municipal. Uma Câmara Municipal mal dirigida e composta por alguns
vereadores sem personalidade, tampouco compromissados com os votos que
receberam em 2016. Refiro-me ao processo que tentam instalar - obedecendo a
ordens do prefeito Ricardo Pereira do Nascimento -, para promover a cassação
dos vereadores Alan Moura e Erivonaldo Freire. Na primeira Sessão (30/11/19),
adotaram o princípio do “goela abaixo” e, após um tumulto liderado pelo “marido
da câmara”, a douta presidente declarou a aprovação da admissibilidade de
instalação do processo de cassação do vereador Alan Moura. Na Sessão da última
quarta-feira, dois vereadores componentes da base governista na Câmara, Jaildo
Paulino e Cleonice Henriques, declararam que não votaram a favor daquela
admissibilidade. Porém, mesmo assim, a presidente instalou a comissão
investigativa e colocou em votação a admissibilidade do processo do vereador
Erivonaldo. Dos onze vereadores, apenas cinco concordaram com a abertura do
processo contra esse parlamentar. Mesmo assim, o processo continua.
Apelos vãos
Durante as discussões pelo convencimento dos parlamentares em
não aceitarem a abertura de processo contra seus iguais, os vereadores Alan e
Ery, se revezaram na tribuna da “Casa de Adriano Feitosa” lembrando que, hoje
quem está no banco dos réus obedecendo apenas aos caprichos de Nascimento são
eles e que amanhã, poderão ser os que agora se apresentam como fantoches,
títeres nas mãos do prefeito votando contra seus próprios pares. Diante de tudo
isso, os cinco vereadores que se posicionaram contrários aos seus colegas
perseguidos pelo prefeito - mesmo com caras de bobos e constrangidos com suas
próprias subserviências -, votaram pela abertura do processo.
Muito estranho
O que causa mais estranheza ainda é que nos mais de cem anos
de existência da Câmara Municipal de Princesa, nunca aquele poder abriu tal
precedente recomendando a cassação de mandatos de colegas por motivos fúteis ou
não existentes. O que está acontecendo na Câmara de Princesa é um julgamento
político com o fito de extirpar dali as vozes que se posicionam contrárias aos
interesses de Nascimento: Alan Moura para não ser candidato a prefeito, e Ery
para não apresentar as cabeludas denúncias contra Nascimento que já é condenado
pela justiça por fraude em licitação e tem vários processos correndo contra ele
em várias instâncias judiciais. Parece que tudo isso só vai acabar mesmo é na
Justiça.
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano Roberto, em 08 de novembro de 2019).
Nenhum comentário:
Postar um comentário