“Basta um cabo e um soldado para fechar o Supremo Tribunal
Federal”; “Realizar as reformas necessárias para modernizar o Estado, no
sistema democrático, é quase impossível”; “Se a esquerda radicalizar, a solução
pode ser a adoção de um novo AI-5”. Essas foram declarações dos filhos do
presidente da República Jair Messias Bolsonaro. A última funcionou como a gota
d’água num copo transbordante uma vez que, todos os Poderes da República
emitiram notas repudiando as palavras do filho nº 2 (Eduardo) do presidente. O
Ministro do STF, Marco Aurélio Mello, disse que a família Bolsonaro busca
“esgarçar a democracia”; o presidente do Congresso Nacional, senador Davi
Alcolumbre, criticou a afirmação do deputado como “absurda afronta à
Constituição” e o presidente da Câmara Federal considerou “repugnante do ponto
de vista democrático”.
Vigilância
O presidente da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil disse ser
necessária a criação de uma trincheira em defesa da democracia. Isso faz
lembrar o dito antológico do brigadeiro Eduardo Gomes em 1945 quando temeroso
de um novo golpe a ser cometido por Getúlio Vargas: “O preço da liberdade é a
eterna vigilância”. Como bem disse o jornalista Gerson Camarote “a família
Bolsonaro testa os limites da democracia”. Diante da perplexidade do Brasil em
face das desastrosas declarações, o filho do primeiro mandatário da Nação veio
à público pedir desculpas. Não porque mudou de opinião, mas, pelo fato de suas
palavras não haverem encontrado guarida em setor algum da sociedade. Igual ao
pai, o nº 2 acha que é só pedir desculpas e pronto, dirimido estará o erro. O
problema é que pedem desculpas e reincidem sempre em prol de seus interesses e
em prejuízo do bem maior da Nação que é a democracia.
Crise que passará
Seria muito bom para o Brasil que essa família - que foi
eleita sem fazer um único comício ou participar de um debate sequer -, no
governo, continuasse muda como se comportou na campanha eleitoral. A Democracia
como a Bandeira, igual ao Hino e ao nome da Federação (Brasil), está também
inscrita como “Causa Pétrea”. A
família Bolsonaro é uma crise: dá e passa.
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano
Roberto, em 1º de novembro de 2019).
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