terça-feira, 14 de janeiro de 2020

HISTÓRIAS E ESTÓRIAS ENGRAÇADAS DE PRINCESA




GOMINHO, MANITO E O MANDATO DE PREFEITO (1976)

Contava Manito que logo após a realização das eleições de 1976 - em que foram eleitos Batinho prefeito e Gominho vice-prefeito -, firmou-se um acordo entre os dois com o intuito de promover a divisão do mandato – compromisso assumido no passado, pelo primeiro, para obter o apoio do segundo quando do processo de escolha dos candidatos. O mandato de prefeito, naquela época tinha a duração de seis anos e, segundo o neto de seu Mano, ficou acordado que cada um dos dois postulantes da chapa majoritária da ARENA, exerceria três anos de efetivo exercício do cargo. Para tanto, exigiu Gominho que fosse esse acordo, posto no papel. Assim fez Batinho que, auxiliado por Manito, redator do texto, assinou o termo de compromisso que ficaria guardado nas mãos do vice-prefeito. Certa manhã, Manito, na “Casa Grande” – a mando do prefeito -, perguntou ao vice onde estava o tal papel, ao que Gominho respondeu: 
“Está aqui comigo, sempre trago ele guardado no meu bolso”.
    Manito pediu para rever o “documento” e tomando café à mesa da “Casa Grande” que era comandada por Maria Aurora, “desastradamente” entornou uma xícara contida de café com leite, quente, sobre o papel que já amarrotado pelo tempo e desgastado pela manipulação na troca de bolsos pelo vice-prefeito, não resistiu e dissolveu-se completamente. Gominho, desesperado, disse:
                                                   “Veja o que você fez Manito! Desmanchou o meu mandato!”. Manito, fingindo-se também preocupado devolveu a Gominho: “Se preocupa não, Mané Gomi, o que vale é a palavra do homi”.
     Batinho tirou o mandato todinho e Gominho, sem o “papé” (como diria Manito), ficou a ver navios.

ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 14 DE JANEIRO DE 2020.

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