Semana passada, recebi em minha casa, a visita do poeta e amigo Valbam Lopes acompanhado de sua esposa “Loura”. Feliz por reencontrá-los, tive a oportunidade de conversar alegremente e desfrutar de alguns versos daquele poeta, especialista na arte do Cordel e que muito me ajudou, quando prefeito, ministrando aulas nas Escolas Públicas Municipais, o que foi de grande valia para a formação artística e intelectual dos nossos escolares. Por ocasião dessa visita, pedi a Valbam para que ele recitasse o verso: “Tempo Sisudo”, que retrata em poesia o tempo seco do nosso sertão. O poeta não se fez de rogado e prontamente desfiou seu primoroso verbo.
O verso
Antes de recitar, Valbam explicou que a inspiração para essa peça foi-lhe dada por seu sogro quando, por ocasião de uma visita à sua casa, numa tarde de setembro, dado à seca que já ia alta, referiu-se ao acinzentamento do tempo como se estivera ele [o tempo] sisudo. Recitou:
A frieza foi simbora
Passou o mês de agosto
E a touca que aquece o rosto
Setembro jogou-lhe fora
Como nos anos de outrora
Já entrou queimando tudo
O mato seco e miúdo
Todo pelado lhe vejo
Como diz o sertanejo
Hoje o tempo está sisudo
ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 15 DE JANEIRO DE 2020.
• O VERSO É DE
• AUTORIA DO POETA VALBAM LOPES.
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