quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

UM POSTE!







Na verdade eu não discerni ainda sobre a origem ou a intenção do recado: se movido pela arrogância, pelo acinte ou, simplesmente fruto do desespero. O fato é que, no início desta semana, um dos principais auxiliares do prefeito Nascimento - vereador licenciado que exerce o cargo de secretário não sei do quê -, afirmou através das redes sociais, de forma categórica e decisiva que o candidato a prefeito nas eleições do próximo dia 04 de outubro - aquele que receberá o apoio do prefeito de Princesa -, poderá ser nas palavras do arrogante secretário: “... Nosso candidato é um Poste, viu? Nós vamos botar um poste pra ganhar, viu? Nós bota um poste e num perde!”. Faz-se esquisita essa situação uma vez observarmos que há uma dissintonia entre o altivo auxiliar e seu chefe. Este afirma peremptoriamente que será candidato de todo jeito, enquanto o secretário afirma que o candidato poderá ser até um poste. Essa assertiva está contaminada de mentira ou de indisciplina partidária? No referido áudio, o fidelíssimo auxiliar do prefeito permeia sua fala - contida de certa raiva -, com um arrogante tom de que a coisa tem de acontecer de qualquer maneira. Esquece o indisciplinado escudeiro de Nascimento, que para ganhar eleições tem-se que combinar como povo.

A verdade

Tentando dissecar a verdade contida nas afirmações do secretário, procurei maiores informações e fui abastecido de notícias de que lá, no âmago do partido, há sim confabulações nos aceiros do poder, sobre a real impossibilidade de Nascimento ser o candidato à reeleição. Mesmo todos sabendo que o chefe não pode concorrer (está inelegível por haver sido condenado em segundo grau, por fraude em licitação), eles [os auxiliares], estão proibidos de comentar ou sequer considerar essa possibilidade. A situação se agrava quando se observa que Nascimento não tem preparado um sucessor para o cargo e, somado às últimas dissenções acontecidas no seio partidário, o atualmente tumultuado ambiente político o coloca numa conjuntura difícil para a indicação de um nome de consenso. Ademais, reina também naquela “Dinamarca” podre um forte sentimento de salve-se quem puder. Isso por conta da acefalia partidária, somado às indicações negativas promovidas por pesquisas de opiniões recentes, o que vem deixando Nascimento aperreado e seus auxiliares querendo reafirmar algo que nem eles próprios acreditam. Por conta disso, eu pergunto: a acintosa afirmação do insubordinado secretário denota desespero ou desejo de criar uma realidade favorável?



ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 29 DE JANEIRO DE 2020.

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