Na verdade eu não discerni ainda sobre a origem ou a intenção
do recado: se movido pela arrogância, pelo acinte ou, simplesmente fruto do
desespero. O fato é que, no início desta semana, um dos principais auxiliares
do prefeito Nascimento - vereador licenciado que exerce o cargo de secretário
não sei do quê -, afirmou através das redes sociais, de forma categórica e
decisiva que o candidato a prefeito nas eleições do próximo dia 04 de outubro -
aquele que receberá o apoio do prefeito de Princesa -, poderá ser nas palavras
do arrogante secretário: “... Nosso
candidato é um Poste, viu? Nós vamos botar um poste pra ganhar, viu? Nós bota
um poste e num perde!”. Faz-se esquisita essa situação uma vez observarmos
que há uma dissintonia entre o altivo auxiliar e seu chefe. Este afirma
peremptoriamente que será candidato de todo jeito, enquanto o secretário afirma
que o candidato poderá ser até um poste. Essa assertiva está contaminada de
mentira ou de indisciplina partidária? No referido áudio, o fidelíssimo
auxiliar do prefeito permeia sua fala - contida de certa raiva -, com um
arrogante tom de que a coisa tem de acontecer de qualquer maneira. Esquece o
indisciplinado escudeiro de Nascimento, que para ganhar eleições tem-se que
combinar como povo.
A verdade
Tentando dissecar a verdade contida nas afirmações do
secretário, procurei maiores informações e fui abastecido de notícias de que
lá, no âmago do partido, há sim confabulações nos aceiros do poder, sobre a
real impossibilidade de Nascimento ser o candidato à reeleição. Mesmo todos
sabendo que o chefe não pode concorrer (está inelegível por haver sido
condenado em segundo grau, por fraude em licitação), eles [os auxiliares],
estão proibidos de comentar ou sequer considerar essa possibilidade. A situação
se agrava quando se observa que Nascimento não tem preparado um sucessor para o
cargo e, somado às últimas dissenções acontecidas no seio partidário, o
atualmente tumultuado ambiente político o coloca numa conjuntura difícil para a
indicação de um nome de consenso. Ademais, reina também naquela “Dinamarca”
podre um forte sentimento de salve-se quem puder. Isso por conta da acefalia
partidária, somado às indicações negativas promovidas por pesquisas de opiniões
recentes, o que vem deixando Nascimento aperreado e seus auxiliares querendo reafirmar
algo que nem eles próprios acreditam. Por conta disso, eu pergunto: a acintosa
afirmação do insubordinado secretário denota desespero ou desejo de criar uma
realidade favorável?
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